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A influência das companhias espirituais
As almas ou Espíritos daqueles que viveram constituem o Mundo Espiritual, invisível e no qual vivemos mergulhados. Disto resulta que desde que há homens, há Espíritos. O Mundo espiritual, está, permanentemente, em íntimo contato com o Mundo material. Um e outro processam trocas fluídicas entre si exercendo influências mútuas. Uma multidão de Espíritos desencarnados transita com cumplicidade em todos os ambientes da Terra. A ação do mundo invisível sobre o mundo visível e vice-versa é uma das Leis da Natureza, a Lei de Afinidade ou Atração. O Espiritismo nos explica que os Espíritos nos acompanham e nós os atraímos, compartilhando com eles a nossa intimidade. Os Espíritos se manifestam no mundo visível de maneiras diferentes: por ruídos, pela movimentação de objetos, pela transmissão de pensamento, pela visão, pela palavra, pela escrita, pelo desenho etc. Será que os Espíritos que conosco convivem, exercem influências sobre os nossos pensamentos? “A esse respeito, sua influência é maior do que credes, porque, frequentemente, são eles que vos dirigem.”, nos dizem os Benfeitores em “O Livro dos Espíritos”, na questão 459. O pensamento é o laço que nos une aos Espíritos, e pelo pensamento atraímos os que simpatizam com nossas ideias e inclinações. O pensamento é a base de tudo. Inegável que todos nós carregamos, do pretérito ao presente, enorme carga de desafetos e nos localizamos com eles através da mesma faixa vibratória. Os pensamentos que temos como sendo nossos são, muitas vezes, os pensamentos dos Espíritos desencarnados que se misturam aos nossos por identidade de propósitos.
Dentro das leis divinas, está estabelecido que, atraímos para a nossa companhia, aqueles com quem sintonizamos às nossas intenções. O bem atrai os bons Espíritos e o mal conviverá com a ignorância dos maus. Os homens desencarnados que nos cercam não são inertes. Formam uma população inquieta, que pensa e age sem cessar, que nos influencia, que nos estimula, que nos impulsiona para o bem ou para o mal, o que não nos tira o livre-arbítrio, pois a sua influência não é nada mais do que os conselhos bons ou maus que recebemos dos nossos familiares e amigos. Allan Kardec redarguiu dos Espíritos, na questão 466, do mesmo livro citado, por que permite Deus que os Espíritos nos induzam ao mal? - Os Benfeitores explicaram: "Os Espíritos imperfeitos são instrumentos destinados a experimentar a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como Espírito, deveis progredir na ciência do infinito, razão por que passais pelas provas do mal, a fim de chegardes ao bem. Nossa missão é a de colocar-vos no bom caminho e, quando más influências agem sobre vós é que as atraís, pelo desejo do mal. Os Espíritos inferiores vêm em vosso auxílio no mal, sempre que desejais cometê-lo; e só vos podem ajudar no mal quando quereis o mal. Então se vos inclinardes para o assassínio, tereis uma nuvem de Espíritos que vos alimentarão esse pendor. Entretanto, terás outros que procurarão influenciar-vos para o bem. Assim se restabelece o equilíbrio e ficais senhor de vós mesmos." Portanto, como agora entendemos que somos, o tempo todo, assistidos pelos Espíritos, devemos estar vigilantes, com nossos pensamentos e nossas ações, para que possamos ser influenciados e acompanhados apenas por Espíritos que nos orientem à prática do Bem.