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21/07/2023
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Tenho apego às estações do ano

Sim, sou um apegado, por mais dor que isso me provoque ao admitir.
E o pior, um apegado com emoção, com fervor, com direito a áspera defesa. Dentre meus apegos, tenho um forte apego às estações do ano. Não nego que minha preferência é o verão. Sol, praia, ar-condicionado. Sou apegado ao verão pela energia positiva que dele advém, e pela liberdade. O verão liberta, premia. Iguala a todos. A mais democrática das estações.
Na sequência de meus apegos, como não ter amor pela primavera! Primavera é renascimento, é a fênix das estações. Após o longo e inóspito período que a precede, a primavera ressurge como um oásis vital, trazendo consigo a energia da vida e da vitória, carregando, em seu âmago, a certeza de que nada está morto ou perdido.
Os dias ensolarados começam a reduzir, a temperatura já não está tão alta. É o outono que dá as caras, com suas folhas amareladas, desbotando o horizonte. As bergamotas nos convidam a saboreá-las, o pinhão a tostá-lo. É o momento de rever aquele casaco guardado há alguns meses. Dias quentes, frios, amenos, o outono guarda em si todas as estações. O outono é aquele amigo bondoso, querido, sempre disposto a receber todos.
Por último, reservo lugar ao inverno, que das quatro estações. Disparadamente, é a que menos prefiro, mesmo assim não o desprezo.
O inverno tem seu charme, importância, sua atratividade, é o momento de recolhimento, de voltar para o nosso interior, de repensar a estação mais fria, mais inóspita e mais individual de todas é também aquela que nos propicia o devido sossego, o reparo de nossa alma, a interiorização necessária para corrigir a rota e enfrentar os desafios da vida.
O inverno nos traz esse ensinamento, de que sempre é importante o recolhimento, o clima gelado, as árvores repousando, grande parte dos animais hibernando. A natureza nos dá sinais de que, reduzir um pouco o ritmo, faz com que esse ritmo seja muito mais duradouro e tenha maior eficiência por muito mais tempo. Quem acelera demais, acaba com seu combustível antes do tempo.
E assim, os anos vão passando, as estações do ano num cíclico movimento também estão se movimentando, num eterno “looping” de tempo, cada qual com sua especificidade e temperamento nos ensinando, para quem quiser ver, que a vida se desenha nelas.

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Diego Cettolin

Diego Cettolin

Diego Cettolin é Administrador de empresas, Pós-Graduado em marketing e acadêmico em Direito.

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