Notícias
Sobre os Desejos
De regresso o amor arrebata
Como um tornado de ventos épicos
Nem edificações conseguem suportar
O movimento de um coração livre a ressoar
Os olhos arregalam, a íris se imanta de cor
As mãos suadas e trêmulas com o ardor do momento
Fazem o organismo mudar até de odor
O nervosismo suplanta a tranquilidade
A inquietude movimenta o âmago da existência
Os lábios fervorosos tremelicam sem parar
Num titubear, as palavras somem, o pensamento desnorteia
O chão parece movimentar-se, as pernas carecem de urgente arroubo
Quando de regresso, o amor arrebata
O Ser, passivo, nada pode fazer
Pois seu coração há de empreender
Um cenário amoroso que ali acaba de intercorrer
Lutar contra? Para que?
O belo da vida, de fato, é viver
E negar o que se sente é, no mínimo, ir opostamente
Ao que a alma ardorosamente deseja ter.