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30/08/2024
Saio da vida para entrar na história
24 de agosto de 1954/24 de agosto de 2024, setenta anos da morte do, conforme apelidado: “Presidente do Brasil”.
Getúlio Vargas é um marcante personagem da história do Brasil. Foi um relevante político brasileiro, nascido em São Borja no Rio Grande do Sul. Durante a sua carreira exerceu cargos como o de deputado, ministro da fazenda e presidente do seu estado natal (1928), antes da presidência da república, cargo que concorreu em 1930, sendo derrotado nas eleições. Neste ano, em 3 de outubro liderou um movimento revolucionário que o levaria a um governo provisório, e após 4 anos foi eleito presidente constitucional.
Foi deposto e posteriormente retornou ao poder, dessa vez legítimo, através de eleição, e devido à fortes pressões políticas, suicidou-se em 1954. Inaugurou o populismo no Brasil, defendia o nacionalismo e por conta disso realizou um grande desenvolvimento no Brasil, criando a Companhia Siderúrgica Nacional, a Petrobrás, a companhia Vale do Rio Doce, a Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco, entre outros. Foi também responsável por grande transformação trabalhista, consolidando as leis do trabalho e melhorando a condição dos trabalhadores no Brasil.
A “Era Vargas” enfatizou um dos aspectos de repressão e manipulação ao movimento operário com características de construção de um mito de pai dos pobres através de concessões e benefícios.
Durante a Era Vargas, houve aproximações e distinções do regime militar pós-1964, bem como os rumos dos pensamentos autoritários no Brasil durante o século XX. Getúlio Vargas foi durante quase vinte anos de mandato consecutivo um chefe de estado Ditatorial (1930-34 e 1937-45), mas também o primeiro presidente eleito, por uma Assembleia Nacional Constituinte, depois, diretamente pelo povo sendo nessa condição que cometeu suicídio, oferecendo seu copo físico e político ao país e ao povo.
Não tivesse sido ditador, na nossa interpretação, sua história seria incontestável como o maior: “Presidente do Brasil”.
Também, não podemos esquecer, que por ordem pessoal do então Presidente, Olga Benário Prestes, esposa de Luís Carlos Prestes, foi presa no Brasil e deportada para a Alemanha, onde ficou presa durante seis anos, sujeita a frio, fome, interrogatórios constantes, trabalho escravo e torturas físicas. O destino dela foi selado em abril de 1942, quando, no campo de concentração de Bernburg, foi executada na câmara de gás. Só no final da Guerra, 1945 seus parentes souberam do destino.