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14/03/2024
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Recuperação de crédito no RS cresce acima do número de inadimplentes

Dados do SPC Brasil mostram que houve aumento de 3,88% de fevereiro de 2023 para o mesmo mês deste ano

    O Rio Grande do Sul registou, em fevereiro deste ano, crescimento de 1,05% no número de inadimplentes, no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Mas, nesse mesmo intervalo, a recuperação de crédito das pessoas físicas aumentou 3,88%, conforme dados do SPC Brasil – representado no Estado com exclusividade pela Federação Varejista do RS.

    Embora o índice esteja abaixo da média na região Sul (6,95%), ele se manteve acima da média nacional (3,81%). No acumulado de 12 meses, o crescimento do indicador se concentrou no aumento da recuperação de consumidores que levaram de 1 a 3 anos (14,66%) para efetuarem o pagamento de todas suas dívidas. Quem mais quitou seus débitos antigos foi a parcela da população com idade entre 50 e 64 anos, representando 26,18% do total. Em média, cada consumidor recuperado pagou, em fevereiro de 2024, R$ 2,1 mil na soma de todas suas contas vencidas em fevereiro deste ano. Os maiores pagamentos, em 60% dos casos, foram para dívidas de até R$ 500.

    Ainda, conforme os dados do SPC no mês de fevereiro, do total de negativações no Estado, 86,29% foi de devedores reincidentes – aqueles que já haviam aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses. Desses, 58,67% foram de consumidores que ainda não tinham pago dívidas antigas até fevereiro, enquanto 27,62% retornaram para o cadastro de devedores nos últimos 12 meses após conseguirem sair dele.

    O SPC mostra que entre os consumidores reincidentes no Rio Grande do Sul (86,29%), o tempo médio decorrido entre o vencimento de uma dívida e o das demais é de 75,7 dias. Ou seja, depois de 2,5 meses do vencimento de uma dívida negativada, logo vence outra. Entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2024, o SPC registrou queda de -3,33% no número de devedores reincidentes – aqueles que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes no período.

    Conforme o SPC, enquanto a inadimplência aumentou 1,05% no Estado, na região Sul esse acréscimo foi menor, de 0,51%. Na variação mensal, medida de janeiro para fevereiro, enquanto houve recuo de 0,19% nos três estados sulinos, no Rio Grande do Sul houve aumento de 0,16%.

    Em fevereiro deste ano, cada consumidor negativado do Estado devia, em média, R$ 4.335,84 na soma de todas as dívidas. Os dados ainda mostram que 30,64% dos consumidores tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 44,80% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000. O tempo médio de atraso dos devedores negativados do Rio Grande do Sul é igual a 26,8 meses, sendo que 36,35% deles possuem tempo de inadimplência entre 1 a 3 anos.

    O número de dívidas em atraso no Estado também cresceu em relação a fevereiro de 2023 em 3,48%. Na variação mensal, subiu 0,35%. O setor que comporta o maior número de dívidas é o bancário, com quase 60%. Débitos com água e luz estão em segundo lugar, com 12,61%.

    No mês passado, cada consumidor gaúcho inadimplente tinha, em média, 2,174 dívidas em atraso, número abaixo da média da região Sul (2,279) e acima da média nacional (2,105).

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