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RECOMEÇANDO
Poderíamos e deveríamos reiniciar de uma forma diferente, aplaudindo o novo ano com seus projetos diferenciados através de uma política verdadeira e nobre, nosso merecimento.
Mas: “Lembre-se de cavar o poço bem antes de sentir sede”. (Ditado popular). Porque a sede do poder que é maléfica, não tem limites de perfuração para alcançar seus objetivos, destruindo o bem.
Ao longo da história, os homens confessam de bom grado a crueldade, a cólera e até a avareza, mas nunca a covardia, porque essa comissão os poria entre os selvagens e mesmo numa sociedade civilizada, num perigo mortal.
Quiçá, por isso em 129 anos de República, o Brasil teve até hoje 36 governantes – apenas um terço deles (12) foi eleito diretamente e terminou o mandato.
De 1926 para cá, a proporção é ainda mais absurda: dentre 25 presidentes, apenas 5 foram eleitos pelo voto popular e permaneceram no posto até o fim: Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitschek, Lula, FHC e Dilma (seu primeiro mandato).
Recentemente, Dilma Rousseff juntou a outro clube restrito com 6 colegas: o dos presidentes depostos via impeachment ou golpe. São eles: Washington Luís, Júlio Prestes, Getúlio Vargas, Carlos Luz, João Goulart e Fernando Collor. E quantos pedidos de impeachment já foram protocolizados contra Bolsonaro? Quase duas centenas.
Quanta violência, quantas mortes, torturas, desaparecimentos apolíticos brasileiros já protagonizou na sua história e não parou.
A nossa urbe, lamentavelmente, colabora, neste aspecto, manchando nossa história através dos inaceitáveis acontecimentos de covardia com agressões injustificadas e, por exemplo, também, sem qualquer razão, a invasão de um Jornal e da residência de seu proprietário acontecimentos dos quais, numa democracia é inconcebível.
Três prefeitos em um ano, possibilidade e um quarto? Não iniciamos um ano bem, porem: “uma vez constituído um poder, quando da troca de gestores, quem assume acomoda-se a tal postura, anuindo com sinecuras institucionais assentadas (que julga serem naturais, como lhes dizem, sempre foi assim”. (Autor desconhecido).