O que verdadeiramente importa é o que andamos perseguindo? Ou nos perdemos no limbo das ideias vagas e no mundo publicitário, que nos vendem caminhos que, geralmente, não precisamos percorrer? Somos lúcidos, iludidos ou pretensamente sábios, onde sequer a composição de nosso café diário sabemos aludir? Estamos nos permitindo amar e deixar que nos amem? Ou apenas escondendo-nos em pseudojustificativas e escolhas banais, não deixando que a positividade nos inunde, por medo de enfrentar os olhares ou pensamentos das pessoas que sequer se importam conosco.

     Pessoas fortes enfrentam seus dilemas, seus medos e permitem que coisas boas adentrem sua vida, mesmo que para isso dificuldades advenham com algumas inerentes decisões. Só se cresce na vida aparecendo, nunca se escondendo. Pessoas fracas justificam tudo, encontram desculpas e fogem de seus destinos. Tem nas desculpas sua grande parceria, a parceria de um forte algoz desorientador. Uma parceria onde sempre ocorrem perdas, algumas irreparáveis.

     Somos eternos viajantes, nômades, errantes. Principalmente em nossos pensamentos e ideais e isso é positivo. Mudar de ideia, de rota, de rumo é perfeitamente aceitável. Seres inteligentes estão em constante aperfeiçoamento, pois buscam incessantemente seus propósitos de vida. Ter um propósito nos coloca em rota de descobrir o que é que verdadeiramente importa nessa vida. Não precisamos deixar legados para a sociedade, precisamos sim, em primeiro lugar, deixar legados para nossa alma. Se nem em nosso Ser temos domínio, como pensar em algo além de nosso próprio quintal? O Sol nasce para todos, mas ilumina apenas os que dele se tornam amigos.