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05/07/2024
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Para pensar

    Faltam 91 dias para as eleições deste ano para Prefeito, Vice e Vereadores, fato de tamanha importância, porque o destino dos municípios para os próximos anos serão traçados e, é nestas gestões que tudo se resolve politicamente também.

    Não custa, principalmente para os candidatos ler e reler de Maquiavel: “O Príncipe”. Esta sua obra seria, na verdade, uma espécie de manual político para governantes que almejassem não apenas se manter no poder, mas ampliar suas conquistas.

    Em suas páginas, o governante e pretendentes poderiam aprender como planejar e meditar sobre seus atos para manter a estabilidade do Município, uma vez que Maquiavel conta sucessos e fracassos de vários reis para ilustrar seus conselhos e opiniões.

    O escritor aqui comentado, não era imoral, mas colocava a ação política em primeiro plano, como uma área de ação autônoma levando a um rompimento com a moral social.

    A conduta moral e a ideia de virtude como valor para bem viver na sociedade não poderiam ser limitadores da prática política. O que se deve pensar é que o objetivo maior da política seria manter a estabilidade social e do governo a todo custo. Dessa forma, a soberania do príncipe dependeria de sua prudência e coragem para romper com a conduta social vigente, a qual seria incapaz de mudar a natureza dos defeitos humanos.

    Assim, a originalidade de Maquiavel estaria em grande parte na forma como lidou com essa questão moral e política, trazendo uma outra visão ao exercício do poder outrora sacralizado por valores defendidos pela Igreja. Considerado um dos pais da Ciência Política, sua obra, já no século XVI, tratava de questões que ainda hoje se fazem importantes, a exemplo da legitimação do poder, principalmente se considerarmos as características do solo arenoso que é a vida política.

    Assim, a participação política e cidadania são dois conceitos vinculados, um depende do outro para continuar a existir. No cenário democrático atual, cabe ao cidadão participar da política consciente da responsabilidade que tem. Além disso, sua participação exige constante análise daquilo que está em discussão.

    Paralelamente, a participação política vai além do voto a cada dois anos: é preciso analisar criticamente os assuntos em pauta para poder contribuir de maneira adequada no tabuleiro político, razão pela qual temos que parar para pensar.


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Postado por:

Flavio Green Koff

Flavio Green Koff

Flávio Green Koff é Advogado, Pós-Graduação Lato Sensu em Gerente de Cidade – “City Manager”, pela Fundação Armando Álvares Penteado, concluída em novembro de 2002.

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