Não é necessário ser narcisista para querer se dar ao capricho de algumas regalias. Quem batalha dia a dia, sabe o quanto é bom comemorar, conhecer lugares novos, restaurantes, viajar, tomar um bom vinho, enfim, se dar ao deleite de curtir. Tudo isso tem um custo, e para todas essas regalias, existe uma demanda de trabalho de tantas pessoas que trabalham a fim de promover essas experiências à altura que merecemos.

Você chega em um restaurante, está tudo arrumado, mesa posta, talheres polidos, taças alinhadas, guardanapo dobrado... A sensação é de que a vida estava te esperando para um banquete. E realmente estava...

O que muitas vezes não nos damos conta é de que o garçom que te serve a comida, também serve o sorriso, carisma, simpatia, tempo, dedicação...

Na hora de pagar a conta, muitas vezes me dou conta de que pago pela comida, pelo trabalho, pela experiência...

Quanto ao sorriso? Ah! Esse tem valores que minha conta bancária não tem condição de pagar. Mesmo que estivesse em uma situação financeira muito melhor. Isso porque aquele sorriso, aquela simpatia, tem valores agregados que incluem dedicação, escolhas, batalhas, renúncias, coisas que não são mensuráveis monetariamente...

Por isso sempre sou grato a quem me serve. Quem sorri e é simpático, se sente valorizado quando recebe esse mesmo gesto de volta. Um “muito obrigado, você foi incrível” não paga a conta do estabelecimento, mas enche o coração da pessoa que esteve ali dando seu melhor por alguém que normalmente não conhece.

No momento em que está nos servindo, essa pessoa está deixando de estar com alguém especial, para te promover um bem estar.

Ser grato é entender que o dinheiro, o pix ou o cartão, só paga o valor material, e tudo o que não se pode pagar dessa forma, só é possível com gratidão.