“A lei de talião, também dita pena de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. Na perspectiva da lei de talião, a pessoa que fere outra deve ser penalizada em grau semelhante, e a punição deve ser aplicada pela parte lesada. Em interpretações mais suaves, significa que a vítima recebe o valor estimado da lesão em compensação. A intenção por trás do princípio era "restringir" a compensação ao valor da perda. ” Essa lei, que foi um código criado na antiguidade, certamente não teria mais espaço na era da qual estamos inseridos, mas garanto que muita gente gostaria de introduzir essas práticas, se fosse para debate.

A criação de leis e códigos de conduta numa sociedade visa coibir excessos e proporcionar uma organização societária, que vislumbre a possibilidade de convívio entre as pessoas e o meio onde estão inseridas. Sem isso, viveríamos selvagemente ainda. O princípio da lei é regrar e educar o cidadão a respeitar seu semelhante, em todas as esferas possíveis, a fim de gerar uma igualdade de direitos, oportunidades e deveres. Em tese, não pode existir ninguém acima da lei.

Não podemos jamais questionar o certo e o errado. Aceitar que fins justifiquem os meios. Aceitar o errado é abrir precedentes para que o mal nos atinja, mesmo que em princípio ele pareça nos favorecer. As pessoas devem ser respeitadas, a lei deve ser respeitada, e, quem a desacatar, que seja punido conforme a Justiça demandar. Só assim poderemos evoluir como planeta, como sociedade, como pessoas. Tolerar que a lei seja suprimida por vontades pessoais, em qual esfera for, é “flertar” com o perigo iminente de nos transgredir.

O código de Hamurabi já não cabe mais em nossos dias, e nem precisamos, nossas Leis são mais do que suficientes para regular nossa nação e proporcionar mais igualdade, direitos e deveres para todos. Quem erra, que pague por seus erros, aceite e aprenda a lição que deva ser aprendida, evoluindo e não repetindo mais seus erros. A lei é para todos, mas a punição é só para quem a transgride.