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O VOTO
Vejo por aí muita indignação com relação a obrigatoriedade de votar nas eleições suplementares atípica aqui no Município.
Busco nas recentes lembranças de nossa história na busca das “diretas já”, porque estávamos impedidos de votar e tínhamos muita vontade e preocupação no direito de escolha e, agora, quanto mais comparecer à urna, tanto melhor.
A conjuntura política que vive o Brasil parece caminhar para a desmoralização do Estado Democrático de Direito, como se estivéssemos em teste para ver até quando aguentamos “esticar a corda”. A tensão e a disputa sempre fizeram – e sempre farão – parte do jogo democrático e da defesa de interesses diversos da sociedade. Mas a regra a que todos (as) estamos submetidos (as) é o absoluto cumprimento da Constituição Federal.
Não podemos negociar a independência dos três poderes estabelecidos e nem, em hipótese alguma, permitir que sejam ameaçados de fechamento. A ditadura militar não tem mais espaço no Brasil, devendo ficar restrita aos livros de história – sem ser esquecida ou relativizada em seus abusos e crimes.
Na Constituição Republicana de 1891, pela primeira vez, aconteceu o voto direto, sendo eleito Prudente de Morais (primeiro presidente civil do Brasil - Prudente José de Morais e Barros) .
Na década de 30, Getúlio Vargas foi o autor do golpe que tirou o presidente Washington Luís do governo. Surgem nesta época o voto feminino e o voto secreto. No entanto, com o golpe militar em meados de 1937, Getúlio Vargas estabeleceu o Estado Novo, uma ditadura que se estendeu até 1945. Neste período de oito anos, o brasileiro não exerceu o direito do voto. Houve o fechamento do Congresso, e a política do governo centralizada.
Com o golpe militar de 1964, houve a proibição do voto direto para Presidente da República, tirando dos brasileiros, o direito de cidadão e de democracia.
Em 1985 Tancredo Neves (primeiro presidente civil após o Golpe de 64), assinalou o fim do Regime Militar e o princípio da redemocratização do País.
Proclamada em 1988, a nova Constituição estabeleceu eleições diretas com dois turnos para a presidência. Exclusivamente em 1989 o brasileiro voltou a indicar pelo voto direto o presidente da República. O País concretizava com esse evento a democracia. Logo, palmas para o voto.