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O mágico e o amor
Muitos são os assuntos que poderiam sustentar a coluna desta semana. Mas, convenhamos, poucas são as manchetes agradáveis, razão pela qual, entendi por bem, pelo menos para iniciar este ano, a deixar-me embalar pelos devaneios da madrugada.
Comemorando nesta data o dia do ilusionista, reflete-se, também, na magia do amor quando o toque causa arrepios, calafrios, borboletas no estomago, vermelhidão excessiva nas maçãs do rosto, e um sorriso gigantesco que ninguém é capaz de tirar do rosto.
No palco, ao contrário da vida eles refletem a dor em ângulos estrambólicos, fazem surgir beleza nas infinitas escuridões, tiram da cartola sentimentos psicodélicos e ainda arrancam aplausos.
Porém o Artista, nas suas ilusões, avalia o amor como um sonho de felicidade, uma verdade que não quer cessar e o fascínio de se entregar; uma linda canção, toques de sedução com temperos de paixão, suspiros dobrados, beijos molhados, tabus quebrados, uma viagem maluca sem direção, o amor em plena ascensão, no embalo do romantismo o amor reina imponente, domina o casal, faz valer cada minuto, cada gesto e pode ser visto até no olhar, a magia do momento não deixa dúvidas do quanto o amor é divino e encantador, nos dá direção sem ter controle e arranca gemidos sem sentir dor.
O pentear de rios nas margens, agitando remansos na floresta da fantasia construída pela sedução do imaginário com memorias de desejos.
O amor é a maior magia que existe, a mais poderosa. Porém, a poesia ilusionista, nada inventa, é apenas a ficção da realidade.
Enfim, a única magia que existe no amor é encontrar alguém que sabe de suas loucuras, seus erros e imperfeições e ainda assim imagina que você é uma pessoa incrível. Isso é fantástico. A única certeza é pensar que a incompreensão se cruza em algum ponto.
O ilusionismo, as magias cumprem seu papel e fazem o paraíso do amor que faz a vida ser uma eterna magia, nos fazendo pisar em nuvens e sentindo o vento nos abraçar, cuja brisa envolvente dá a direção que o coração deve pegar.
Não vamos nos iludir, mas, também, não deixar de viver uma ilusão a qual poderá tirar da cartola o brilho da vida, como as crianças nos ensinam a vivermos dentro da magia dos sonhos.