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06/12/2024
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Novamente é dezembro!

    Estamos novamente em dezembro! Um ano que foi diferente em todos os sentidos para nós, os gaúchos. Vivenciamos a maior enchente ocorrida no planeta, em extensão, registrada na História da Humanidade. Todos tivemos que reorganizar nossas vidas e atividades para colaborar. Surgiram, de forma mais evidente a solidariedade social, as cotizações para assistência social, o amor ao próximo e o auxílio de pessoas de todo o Brasil e de muitos países, que enviaram recursos necessários ao soerguimento moral e material do povo gaúcho. Sabemos que as provações coletivas são permitidas por Deus pois proporcionam ao homem a oportunidade de exercitar a fraternidade, a paciência e a resignação ante Seus desígnios para o desenvolvimento das virtudes humanas. Da mesma maneira, os flagelos destruidores fazem despertar os sentimentos de abnegação, desinteresse próprio e amor ao próximo. Foi um ano diferente que provocou muitas dores, mortes e perdas materiais. Nesse ano, tivemos que mudar o rumo; olhar para o lado e cuidarmos uns dos outros.

    Assim, estamos em dezembro! E, com ele, vem junto a correria do final de ano, que se traduz, muitas vezes, em ansiedade. Não a ansiedade natural, necessária para que consigamos enfrentar as nossas dificuldades reais, mas a ansiedade patológica que nos remete à preocupação de não conseguirmos realizar todas as metas que projetamos para o ano inteiro. No mês de dezembro, muitos de nós queremos fazer tudo o que não fizemos ao longo dos outros 11 meses e, aí, desenvolvemos o transtorno da ansiedade que pode trazer muitas consequências negativas, inclusive as enfermidades.

    Nessa inquietação angustiosa não vivemos nem o hoje nem o amanhã. Muitos tornam-se ansiosos, angustiados, irritadiços, nervosos, esquecendo-se de que depois do dia 31 de dezembro chega o dia primeiro de janeiro e terão mais um ano inteiro para realizar o que não conseguiram realizar até agora, por falta de esforço, de foco ou de algum motivo em especial. Não são poucos os que, não sabendo esperar dias melhores que poderiam muito bem ser conquistados com mudança de atitude e trabalho, ansiosos, precipitam-se pela porta ilusória do suicídio, requerendo, muitas vezes, séculos para a devida reparação.

    A codificação espírita, como um todo, é um convite à paz e à harmonia interior, antídotos da ansiedade. Especificamente, o capítulo V (Bem-Aventurados os Aflitos), de O Evangelho Segundo o Espiritismo, oferece-nos subsídios valiosos para o tratamento da ansiedade, pois fala-nos das causas e da justiça das aflições, estimulando o equilíbrio do nosso pensamento. Se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa evolutiva, mas por desesperado sem remissão.

     Aproveitemos mais este dezembro que chega em nossas vidas para a prática do bem e o amor ao próximo e com certeza, a ansiedade e correria do final do ano passarão distantes de todos nós!


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Postado por:

Samira José Turconi

Samira José Turconi

Samira José Turconi é bioquímica, sócia-fundadora da Associação Médico-Espírita da Serra Gaúcha, do Centro Espírita Allan Kardec e expositora da Doutrina Espírita.

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