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Narrativas
Depois de um almoço oferecido por Lula, no Palácio do Itamaraty, achei, em razão do evento e da grande recepção que Maduro viria pagar, segundo o Ministério da Indústria e Comércio, os débitos do país vizinho somam US$ 1,268 bi.
Lula afirmou não saber e questionou maduro: “Você sabe qual é o tamanho da dívida da Venezuela com o Brasil?”. O presidente venezuelano afirmou que uma comissão bilateral “vai estabelecer a verdade” sobre o tema e fariam uma análise para retomada de pagamentos.
Mais uma vez Lula consegue se indispor com a grande maioria de países aliados, principalmente, no interesse comercial e dizer que no seu discurso que a triste, melancólica e trágica realidade venezuelana é uma “narrativa”, merece outra espécie de investigação, pois, não é concebível, diante de tantas realidades palpáveis a asserção de que é uma simples “narrativa”, criada pelos americanos.
As críticas podem ter razão no que diz respeito a essa tentativa de vender a ideia de que na Venezuela há uma democracia transparente e positiva, que seria atacada pelos inimigos de Maduro por egoísmo e manipulação. Não é verdade. Há centenas de problemas democráticos e de violações de direitos que precisam ser resolvidos e negociados.
Violação de direitos humanos e torturas: Há uma investigação em curso por parte do Tribunal Penal Internacional. O órgão, sediado em Haia, já recebeu cerca de nove mil denúncias de pessoas e entidades jurídicas contra o governo Maduro.
Receber um ditador deste nível com as honrarias de estado nos nivela ao maldito autoritarismo e suas consequências, pano de fundo na América Latina.
O Presidente Uruguaio Lacalle Pou em relação a fala de Lula disse: “...não é uma construção narrativa, é uma realidade”. Pelo menos, de outro lado, uma integração na região foi defendida, mas sem viés ideológico, o que é salutar.