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Na hora do adeus...
A morte dos seres queridos tem o poder de transformar os sentimentos humanos. Evidentemente, o fenômeno da morte, ou desencarnação, ainda provoca, no mundo, incomensuráveis procedimentos, que costumam paralisar a pessoa principalmente quando ela imagina que a morte seja o fim absoluto da querida convivência dos que se prezam, dos que se amam. A vida é o caminho da morte, mas que a não é o fim da existência humana, pois esta prossegue nos diversos planos espirituais do universo, conforme disse Jesus: “Há muitas moradas na casa de meu Pai A Doutrina Espírita nos explica sobre a Imortalidade da Vida e nos consola comprovando que quem morre, não morre, apenas muda de endereço.
Emmanuel, mentor de Chico Xavier, nos traz uma bela página, diante da hora da despedida: “Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a visitação da morte, sentimo-nos como se nos arrancassem o coração para que se faça alvejado fora do peito. Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram. E bastas vezes tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem recursos de evasão pelas fontes dos olhos. Compreendemos, sim, neste outro lado da vida, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo, indagando porquê... Se varas semelhantes sombras de saudade e distância, se o vazio te atormenta o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na vida maior. Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no plano físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível, mas não de todo ausente. Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e renovam. Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranquilizá-los com o apoio de tua conformidade e de teu amor. Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas com as tuas. Compadece-te dos entes amados que te precederam na romagem da grande renovação. Chora quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma; no entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto eles todos te ouvem o coração na vida superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus.”
Assim, devemos lembrar que a morte física só separa temporariamente os Espíritos afins, que voltam a reunir-se no mundo espiritual, estreitando laços e fortalecendo as uniões fundamentadas no amor verdadeiro. É este amor que confere resignação diante da perda dos entes queridos. Portanto, lembremos nos nossos afetos em todos os dias do ano, enviando-lhes preces, pois eles continuam vivos e essas vibrações de amor e paz são verdadeiros bálsamos diminuindo-lhes as saudades.