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Foi no Vinte de Setembro
Foi no dia 20 de setembro de 1835, teve início a Revolução Farroupilha, ou Guerra dos Farrapos, em referência aos trajes esfarrapados usados pelas tropas rebeldes. Essa revolução fraticida teve como causa, principalmente, a insatisfação dos estancieiros gaúchos com a política fiscal do governo brasileiro. Foi um movimento que se estruturou ao longo do tempo pela insatisfação daqueles que eram responsáveis pela manutenção do território, bem como pela economia da província. O Rio Grande do Sul produzia principalmente para o mercado interno, e os principais produtos eram o charque e o couro. As circunstâncias e os sofrimentos gerais que constrangiam os gaúchos lograram expressivas alterações no comportamento geral, o suficiente para irromper uma guerra fraticida que durou 10 anos. A paz foi assinada no Tratado de Poncho Verde, em que os farrapos colocaram fim na revolta e, na condição de derrotados, aceitaram os termos propostos pelo governo.
Muitas vidas foram ceifadas em plena beleza da juventude. Muitos homens caíram pela onda de ódio que se apodera das massas diante de uma guerra. E para que tudo isto? Para contentar a ambição e uns poucos que não consideram nada além dos tesouros materiais. A vigência da guerra, resultante do exacerbado egoísmo que alucinou algumas criaturas, transformando os homens em seres primitivos que se entredevoram, retrata a necessidade do esforço de indivíduos e coletividades na busca da sua melhoria moral.
Jesus, o divino pacificador, nos conclamou para a paz. Ele proclamou que os mansos herdariam a Terra e que os pacíficos seriam chamados de filhos de Deus. Compreendamos, pois que devemos seguir os seus ensinamentos e agir com calma. Nestes dias agitados por que estamos passando, a calma deve se tornar companhia e conselheira da nossa jornada terrena, ensinando-nos a agirmos com moderação, procurando sintonizar a Mente Divina, a fim de que não venhamos a converter em tormento e destruição a oportunidade abençoada da reencarnação.
Envolvidos em nossos afazeres, estudando, trabalhando, falando ou realizando qualquer atividade, sejamos instrumentos da paz, permitindo que o suave ensino do Mestre de Nazaré ilumine a nossa consciência, para que possamos fazer aos outros, exatamente, o que gostaríamos que os outros nos fizessem.
A vida se manifesta em ciclos que se traduzem em resultados eficazes. Nesta data, lembramos daqueles que lutaram por esta terra abençoada e que nos deixaram um legado de honra e de dignidade.
O Espiritismo, com sua mensagem esclarecedora e sua filosofia, calcada no verdadeiro Cristianismo, propõe que os homens possam substituir os hábitos perniciosos por comportamentos corretos, promover o trabalho realizador e educar o povo, criar leis justas e fomentar o respeito pela sua vigência. Comemoremos essa data tão significativa para nós os gaúchos e mantenhamos acesa a proposta da dignidade, da liberdade e do amor à nossa terra.