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Federação Varejista do RS expressa desagrado com retirada de incentivos fiscais
A Federação Varejista do Rio Grande do Sul expressa profunda preocupação com o posicionamento do Governo do Estado para aumentar a arrecadação através da retirada de incentivos fiscais de diversos setores produtivos gaúchos.
Por meio de decretos, cujos impactos serão sentidos a partir de abril, o governo busca uma alternativa à tentativa de majorar a alíquota do ICMS de 17% para 19,5% – projeto do Executivo que o próprio retirou da pauta da Assembleia Legislativa após pressão da sociedade e das entidades de classe. Mas esse plano traz graves consequências ao povo gaúcho. O fim dos incentivos vai onerar ainda mais a já pesada carga que pesa sobre o setor produtivo e trará, como consequência, aumento de preços, queda nas vendas e ameaça aos empregos e à produtividade, bem como a retirada de renda da população. Esse cenário gera desconfiança e mina a confiança do empresariado para futuros investimentos, ameaçando, até mesmo, a continuidade de muitos negócios.
Como entidade representativa do Rio Grande do Sul no movimento lojista capitaneado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a Federação Varejista do RS expressa seu descontentamento com a iminência da validação de tal cenário. Para um varejo forte, é necessário consumo, e isso só ocorre quando existe renda. Somente com o consumo aquecido as indústrias se mantêm produtivas e rentáveis, gerando trabalho e riqueza.
O Rio Grande do Sul não pode sofrer um revés em sua economia desse tamanho. Ao mesmo tempo que reconhecemos a necessidade de o Estado ampliar sua receita, entendemos que esse não é o modelo adequado. Por isso, clamamos ao governo para a necessidade da construção de um diálogo, com as entidades de classe e a Assembleia Legislativa, para buscar um caminho que una os anseios da sociedade em direção ao progresso sustentável do Rio Grande do Sul, sem onerar ainda mais o povo de nosso Estado.