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Fascinação obsessiva
Allan Kardec, codificador do Espiritismo, nos esclarece em seu livro “A Gênese” no capítulo XIV, que “Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos faz parte dos flagelos a que a Humanidade está exposta neste mundo. A obsessão é a ação persistente que um mau espírito exerce sobre um indivíduo. Ela apresenta características, muito diferentes que vão desde a simples influência moral, sem sinais exteriores perceptíveis, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.”
A fascinação, segundo o entendimento do Espiritismo, é o estado mais adiantado da obsessão, cujas consequências são de maior gravidade, sendo mais comum do que se pensa. Para fazer uma abordagem sobre o tema “Fascinação” segundo os preceitos espíritas, precisa-se primeiramente considerar que os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e ações, pois segundo preceituam os Benfeitores espirituais, muitas vezes são os Espíritos que nos dirigem. Somos emissores e receptores de pensamentos; e é pela afinidade dos pensamentos que se dá a influência efetiva dos Espíritos sobre nós. As nossas imperfeições morais atraem Espíritos com idênticas imperfeições, vícios e falhas morais. Assim, somos nós mesmos que abrimos brechas psíquicas para a obsessão. A fascinação, porém, é mais grave porque a influência é sutil e pertinaz, traiçoeira e quase imperceptível. Na fascinação, existe um mecanismo de profunda ilusão instalada na mente enferma do paciente. Ele afeta as faculdades intelectuais, distorcendo o raciocínio, a capacidade de julgamento e a razão. O Espírito obsessor engana o indivíduo explorando suas fraquezas morais, iludindo-o com falsas promessas. Um fascinado não admite que está obsediado. O defeito moral que provoca a fascinação é o orgulho. É que pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades perversas, capazes de conduzi-lo aos vícios que corroem a vida moral, e, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves enfermidades de alienação mental, como as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinquência, desânimo e egocentrismo, levando o indivíduo à enfermidade grave ou à morte. Toda conexão mental inicia em nós; exatamente por isso temos que vigiar nossos pensamentos, ações e palavras, pois estamos sempre imersos nesse mundo invisível, porém, extremamente atuante.
Francisco Xavier, no livro “Instruções Psicofônicas”, cap. 34, denominado “Parasitose Mental” nos orienta como podemos nos proteger contra esse flagelo espiritual: “Usemos, desse modo, na garantia de nossa higiene mento-psíquica, os antissépticos do Evangelho. Bondade para com todos, trabalho incansável no bem, otimismo operante, dever irrepreensivelmente cumprido, sinceridade, boa-vontade, esquecimento integral das ofensas recebidas e fraternidade simples e pura, constituem o sustentáculo de nossa saúde espiritual.” Jesus nos ensinou: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”. (Mateus 26.41). Vigiemos pois, nossos pensamentos e ações!