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11/03/2022
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ESSAS MULHERES !

Embora não brasileira, a tenho como heroína tratando-se desta dentre tantas outras.

Em 1934, Prestes foi eleito membro da comissão executiva da Internacional Comunista e encarregado de voltar ao Brasil e liderar o levante para instalar uma ditadura socialista no país.

Olga Benário foi destacada para fazer parte do grupo de estrangeiros que iria acompanhar Carlos Prestes em seu retorno ao Brasil. Depois de uma longa viagem, Olga e Prestes chegaram ao Brasil em 1935, mantendo-se na clandestinidade.

Em novembro de 1935 uma revolta armada insurgiu na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, e deveria ser estendida por todo o país, mas apenas as unidades do Recife e do Rio de Janeiro se levantaram contra o governo de Getúlio Vargas, que estava preparado para esmagá-la.

A intentona fracassou e todos os organizadores, entre eles, Olga Benário e Carlos Prestes foram presos. Olga Benário, grávida, foi deportada para a Alemanha nazista e entregue a Gestapo.

Olga foi levada para um campo de concentração, onde nasceu sua filha Anita Leocádia Prestes, que depois de várias campanhas, foi entregue a sua avó paterna, D. Leocádia.

Conta a história que a filha ia viver o tempo que a mãe pudesse amamenta-la na prisão e lhe faltava comida. Foi dramática a situação. Filha salva graças a Mãe de Prestes, sua sogra; Olga foi morta pelos nazistas em 1942, foi enviada para o campo de concentração de Bernburg, Alemanha, onde foi executada na câmara de gás no dia 23 de abril de 1942

Escrevo isso porque poucas vezes me emocionei lendo e vendo o filme específico do significado do amor de uma mãe, esta Olga no universo de tantas heroínas, revivendo, agora o pânico de tantas outras, na maldita invasão da Ucrânia.

Por nisso falar, menos conhecida do grande público, Ana Néri foi uma mulher essencial para a história do nosso país com a coragem que serviu como voluntária na Guerra do Paraguai.

A baiana nascida em 1814, que seguiu seus filhos convocados para o conflito, não pensou duas vezes e escreveu uma carta ao presidente da província se voluntariando para servir como enfermeira durante o conflito, e por uma tragédia do destino foi lá que perdeu um dos seus filhos.

Essa brasileira foi tão importante que chegou a ser condecorada e recebeu homenagens do imperador D. Pedro II. O dia do enfermeiro é celebrado até hoje no dia 20 de maio em função do dia da morte de Ana Néri, que perdeu a vida no ano de 1880.

Homenageio estas abnegadas e seus feitos guerreiros, coragem, magnanimidade, como exemplo e características de todas as mulheres, guardadas as proporcionalidades e particularidades que a vida nos expõe.

Particularmente, minha subordinação e respeito a três mulheres da minha vida: minha Mãe, Filha e Neta. Cumprimentos pela data.


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Postado por:

Flavio Green Koff

Flavio Green Koff

Flávio Green Koff é Advogado, Pós-Graduação Lato Sensu em Gerente de Cidade – “City Manager”, pela Fundação Armando Álvares Penteado, concluída em novembro de 2002.

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