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Eram flores, pareciam rosas
A beleza era ofuscante, por isso difícil de saber que dia, hora ou local de tão linda visão. Mas ela aconteceu, repentinamente, de forma até surpreendente.
Nesses momentos é que reconhecemos a magnitude da criação divina e o quanto é bela a natureza. Tão natural que somente pode ser equiparada com a humana.
Assim era essa flor. Parecia que suas pétalas eram cabelos que brilhavam ao sol, refletindo uma pele que, embora branca, parecia dourada, misturando ora vermelha, ora amarela. Mas de difícil definição, quem sabe uma combinação híbrida das cores do arco-íris, mas linda na sua concepção. Com certeza, uma bela flor.
O maior desejo, o qual seria de sublimação, era poder ser transformado em um Beija-Flor e provar do néctar de tão bela criação, que passa por muitas vezes desapercebida e não valorada, pela falta de sentimentos e até de capacidade de apreciação, ou, porque não, de uma pitada de amor.
Mas ela estava ali, presente e palpável, pronta e a espera de ser admirada, invejada, observando a todos como se súditos fossem fazendo às vezes de uma rainha, com semblante de soberana.
Se olhos tivesse, como os vi, o brilho seria inigualável, hipnotizante, capaz de igualar-se ao mais raro brilhante, fazer sombra aos raios solares, provocando imaginações somente perceptíveis pela mente humana, transportando a sonhos até então inimagináveis. Que tamanho poder tem essa flor?
Até ilusão ótica é capaz de provocar. Pois de súbito, renasceu na madrugada, em um jardim, coberta por gotículas de orvalho primaveril, mais delicada do que nunca exalando um aroma inesquecível, cujo perfume parecia acariciar o amanhecer.
Na verdade, não era uma flor. Era uma Rosa, a rainha das flores. Por isso tanto encanto, tanta magia, tanta beleza, causando tantas surpresas. Pareciam flores, era uma rosa.