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Eles estão de volta: nazistas, nazistas e mais nazistas; nazistas por todos os lados
Coluna 88 da Pandemia. Aos desavisados, ainda vivemos na Pandemia. Vacinem-se e vacinem seus filhos.
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Já devo ter falado por aqui sobre um filme muito interessante que assisti já faz um tempo chamado “Ele está de volta”. Na película, que se mescla com cenas reais, Hitler volta durante nossa época. O filme então explora a reação das pessoas e o impacto de sua vinda. Algumas pessoas debocham de seu tom caricato, já outras parecem concordar com suas ideais, ao passo que, quem poderia impedi-lo parece não o levar muito a sério.
Alegoricamente, o filme parece ilustrar uma metáfora que ouvi de um professor: “a cadela do fascismo está sempre no cio”. Não podemos subestimar o (em)canto da sereia autoritária, os apitos de cachorro, afinal, a história recente nos mostrou como líderes autoritários de extrema direita assumiram o poder ao redor do mundo e como muitos deles eram encarados como figuras caricatas, como Trump e Bolsonaro e sua trupe.
O bolsonarismo se valeu muito do ataque, influenciado pelo “pensamento” de Olavo de Carvalho, daquilo que convencionaram chamar de politicamente correto, ou seja, uma defesa de atos criminosos sob o suposto, e errado, pretexto da liberdade de expressão. Nessa lógica, não há, para esse ignóbil séquito, problema algum defender a esterilização de pessoas pobres, a existência de um partido nazista ou o culto ao ódio às minorais, porém, pretendem impor alguns interditos na expressão e pensamento de seus opositores, querendo proibir, por exemplo, manifestações homoafetivas, ou, em outro sentido, a denúncia do nazismo e suas vertentes contemporâneas.
Há tempos que isso me preocupa. Na semana passada falei de um caso. Na coluna 180, de 30 de julho de 2021, especificamente, tratei da recepção de políticos de partido nazista alemão no Brasil. Dentre os anfitriões dos nazistas estava a Deputada Federal Bia Kicis, que propôs nessa semana (14/02/2022) a criminalização da falsa acusação de racismo (PL 254/2022), incluindo o crime na Lei n.º 7.719/1989, ironicamente a lei que criminaliza o racismo defendido pelos nazistas.
Ao que tudo indica, a defesa do nazismo e de seus partidários é uma agenda forte desse governo, talvez porque estejam ansiosos pela sua volta.