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Determinação e Perseverança
Todos temos o poder de escolher pois fomos presenteados com o livre-arbítrio, proporcional à nossa condição moral. Isso significa que somos livres para escolher, mas qualquer que seja a escolha teremos que conviver com as suas consequências. Sempre estamos fazendo escolhas tanto ao falar quanto ao calar. Somos os responsáveis por nossos atos. Todos almejamos viver com mais saúde e felicidade, e para isso, trabalhamos, intimamente, para renovarmos as nossas atitudes e os nossos comportamentos que ainda impedem que possamos alcançar o patamar que queremos. Para muitos, a renovação íntima constitui-se na edificação de rumos novos para a caminhada evolutiva, através da destruição de tudo que já conquistaram, de bom ou de ruim, tentando transformar radicalmente as suas atitudes e seus comportamentos. A Doutrina Espírita nos ensina que não é assim. A evolução do ser humano é contínua e se processa com a aprendizagem de todas as experiências vividas. É um somatório de nossas vivências, nas escolhas acertadas e, também, com aquelas equivocadas que nos trouxeram muita dor e sofrimento. Escolher, necessariamente, requer renunciar a alguma coisa, na expectativa de ganhar outra. Não temos como saber qual é a melhor opção. Não há um manual que nos garanta o que dará certo ou não no futuro. Essa incerteza, por vezes, é motivo de angústia e ansiedade. Você tem o poder de escolher a vida que quer viver. Cada atitude é uma escolha. Saiba que todas as coisas que nos acontecem estão aí para nos mostrar algo que precisamos aprender para viver melhor. Cada escolha que fazemos vai moldando a pessoa que somos e criando nossa realidade. Somos o resultado de nossas escolhas. A caminhada dentro da escada evolutiva é infinita, porém, quando verificamos que algumas condutas, alguns comportamentos nossos se tornam impeditivos de alcançarmos a felicidade, verificamos, sob a agulhada da dor, que necessitamos mudar. Sabemos, através dos novos conhecimentos da Neurociência, que as emoções negativas, como o ódio, a inveja, a raiva, o medo, a injustiça, a culpa, a mágoa e tantas outras que ainda alimentamos em nós, trazem desequilíbrios emocionais e que depois podem se transformar em doenças físicas, acarretando muitas dores e sofrimentos. Por isso, é importante que busquemos o equilíbrio através do cultivo das boas emoções, mas para isso necessitamos da mudança no nosso comportamento. E é justamente aí, que sentimos que essa mudança se torna um desafio: porque somos Espíritos imperfeitos em evolução; porque não conseguimos dominar nossos pensamentos que são originados pelos nossos sentimentos ainda em desalinho e porque ainda o nosso meio ambiente nos estimula a mantermos a nossa conduta em consonância com as coisas passageiras da matéria e não com as coisas eternas do Espírito. Esse desafio poderá ser fácil ou difícil conforme o encaremos. Mas, como vencer este desafio? Através de metas e planejamento conscientes, como fazemos para obter as nossas conquistas individuais. Nada de mudanças muito radicais, pois se radicalizarmos em nossas atitudes, não conseguiremos manter a mudança por muito tempo. O processo é contínuo, pois visa a nossa evolução espiritual. Necessitamos reconhecer os nossos sentimentos menos nobres para podermos corrigi-los. Sentir o peso das próprias escolhas é profundamente pedagógico e formativo para toda e qualquer pessoa, é experiência que nos faz mais autônomos e livres, para assim podermos nos construir com responsabilidade e consciência, como autênticos seres humanos. É necessária, também, a humildade para que possamos admitir os nossos equívocos e mudarmos o rumo da nossa caminhada. As ferramentas fundamentais para edificarmos o reino de paz dentro de nós são a determinação e a perseverança. Somente elas, aliadas à nossa firme vontade de mudar, conseguirão transformar a pedra bruta que somos no Espírito perfeito que almejamos ser.