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29/09/2023
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Depressão

    Hoje usarei esse espaço para trazer um assunto de extrema importância, que assola nossos dias. Uma questão de saúde pública. Transcrevo o artigo do Dr. Joel Rennó, PhD em Ciências, professor colaborador médico do Departamento de Psiquiatria da FMUSP.

    “Mais de 300 milhões de pessoas, ou mais de quatro por cento da população global estavam vivendo com depressão em 2015 – um aumento de 18 por cento ao longo de um período de 10 anos (2005 a 2015). Novos números divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que a depressão está aumentando em todo o mundo e agora já é a principal causa de incapacidade mental e física global. Dan Chisholm, Conselheiro de Sistemas de Saúde do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS, e autor principal do relatório, observou que a depressão é uma doença que pode afetar qualquer pessoa, em algum momento de suas vidas.

    Os dados correspondentes divulgados no mesmo relatório revelaram que os transtornos de ansiedade, que abrangem uma série de condições, incluindo transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), afetaram mais de 260 milhões de pessoas, o que representou mais de 3% da população global.

    O relatório encontrou as taxas de prevalência para o pico da depressão entre os adultos mais velhos, afetando 2% mais mulheres entre as idades de 55 e 74 do que homens. No entanto, em todos os grupos etários, ele disse que depressão foi 1,5 vezes mais comum entre as mulheres do que os homens. Quebrando um equívoco generalizado, Chisholm disse que os distúrbios não eram doenças dos ricos ou influentes. Ele disse que mais de 80% dessas condições estavam presentes em países de baixa e média renda.

    A depressão em todo o mundo está aumentando principalmente porque a população mundial vem crescendo e envelhecendo, particularmente nos países em desenvolvimento. Ele disse que isso era o que estava impulsionando o aumento ao longo do tempo no número de pessoas. Por causa dos fatores demográficos, disse ele, muitos países iriam ver um aumento dramático.

    A campanha da OMS visa principalmente três categorias de pessoas. Uma delas é a dos jovens. “As pressões sobre a juventude de hoje são como em nenhuma outra geração talvez”, disse Chisholm. “Estamos pensando muito sobre quais são as estratégias preventivas e apropriadas, para identificar e tratar a depressão nessa população de jovens. Hoje sabemos que o suicídio no Brasil é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, só perdendo para mortes por acidentes e outras violências.

    Outro grupo-alvo foi o das mulheres grávidas ou aquelas que deram à luz recentemente, muitas dos quais sofrem de depressão pós-natal ou pré-natal. Cerca de 15 por cento das mulheres vão sofrer, não apenas o blues (quadros leves e passageiros de alterações de humor logo após o nascimento do bebê), mas terão efetivamente um diagnóstico de depressão.

    O último grupo-alvo foram os idosos, que, segundo ele, eram propensos à depressão à medida que se tornavam mais isolados de suas comunidades. Quando paramos de trabalhar ou perdemos nosso parceiro – quando ficamos mais frágeis e sujeitos a doenças físicas, os transtornos depressivos tornam-se mais comuns. Daí a importância de atividades que promovam a socialização em idosos.”

    Ao percebermos alguém com algum tipo e indicativo de depressão, devemos ter a humanidade de auxiliar. Essa doença é muito triste e séria. Vamos fazer a nossa parte. Bom final de semana!


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Diego Cettolin

Diego Cettolin

Diego Cettolin é Administrador de empresas, Pós-Graduado em marketing e acadêmico em Direito.

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