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Crianças na correnteza
Já ouviste a expressão: “Tapar o sol com a peneira”?
Ela pode significar, uma tarefa efetuada sem eficiência, ou também inocência na execução, pois de certa forma não resolve o problema.
Também existem casos em que a gente se sente tentado salvar um barco furado tirando a água com um copo. A questão é que quando a entrada de água é muito superior à capacidade do seu copo por mais que sua determinação e força sejam aplicados com foco e persistência, o resultado não vem, não há efetividade, e o barco vai afundando.
Vou ilustrar isso com uma pequena parábola.
Dois pescadores avistaram uma criança descendo pelas águas do rio e gritando por socorro. Rapidamente um deles entrou na água e salvou a criança.
Minutos depois três crianças desciam pela correnteza do rio gritando por socorro, os dois entraram na água e cada um salvou uma, e não conseguiram salvar a outra criança.
Mal deu tempo de recuperar o fôlego, e lá vinham quatro crianças rio abaixo, e um dos pescadores se jogou na água, porém o outro correu pela margem do rio sentido acima.
O que estava na água, gritou:
- Como é, não vai me ajudar?
E o outro respondeu:
- Vou descobrir porque as crianças estão caindo na água!
Existem situações em que há a necessidade de uma tomada de decisão: ou resolvemos o problema, ou vamos procurar o que está causando a existência deles. Quando o foco é na causa, fica muito mais fácil encontrar a solução. O ideal, se o tempo permitir, é após resolver a situação problemática, ou seja: mitigar o risco iminente, ir em busca a causa, pois é de lá que estão surgindo os problemas que com o passar do tempo vira a famosa “bola de neve”.
Quando nosso barco está enchendo, a nossa mente direciona seu esforço para evitar a catástrofe e acaba por cegar nossos olhos para as soluções possíveis. Muitas vezes a solução é simples, e não resolvemos por que estamos olhando para a direção errada.