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Banalizações das relações
Que o mundo anda muito banal, disso não tenhamos dúvidas. Banalizou-se as relações pessoais, o trabalho, a educação, também o voto foi banalizado nas últimas eleições, entre outras tantas coisas, porém, banalizou-se o bem mais precioso que possuímos, a vida e, juntamente com ela, banalizou-se a morte.
O covid-19 desabrochou o nosso melhor, em alguns casos o nosso pior. Não podemos fechar os olhos e aceitar todas essas milhares de mortes como algo normal. Algumas políticas públicas falharam, até mesmo por se tratar de uma nova doença, outras deram certo e milhões de pessoas foram salvas. Na nossa cidade, em 4 meses neste 2021, tivemos quase o triplo de mortes que todo ano passado. Pessoas queridas, amigos e amigas, familiares, pais, mães, avós, avôs, netos e netas. No Brasil inteiro, em 4 meses, não foi nem o dobro, porém isso não importa, são quase 400.000 pessoas que perderam a vida. Não podemos ficar impassíveis com essa tragédia que nos abateu.
A vacina é a salvação, mas não sozinha. Os cuidados preconizados são necessários. Esse vírus desencadeia nos humanos a decadência de suas comorbidades, que por vezes nem eram conhecidas. Esse vírus demonstrou que nossa forma de vida, ou seja, o jeito como estamos vivendo está errado. Essa vida líquida, no “automático”, descuidando por vezes da alimentação e do funcionamento do corpo provou que necessita de ajustes. O que precisamos ter é equilíbrio em nossa vida, aliando nosso profissional com cuidados com a saúde. Cuidados com a saúde não significa se entupir de remédios, mas sim, praticar exercícios, melhorar os pensamentos, ter atividades com a natureza, para assim, evitar justamente os remédios químicos. Andar na frente para não correr atrás depois.
As experiências nos ensinam muito. Aprender com elas é obrigação para não repeti-las. Nós, humanos, falhamos muito nisso. Repetimos coisas que não precisaríamos mais e depois sofremos. “Vivemos num museu de novidades”. Agora tem a mídia e o marketing digital, que tentam encobrir as falhas e dissimular reais intenções e caráteres. Não vamos banalizar a morte e nem relativizar a vida. Sabe por quê? Porque amanhã poderá ser alguém de quem você muito goste, ou mesmo, poderá ser você.