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Avós
Saudades incomensuráveis. Na verdade, com nosso Avô Paterno, Antônio), pouco convivi. Convivência mesmo com a Avó Materna, (Adelina), pois o Avô, (Aristides Green), deixou minha Mãe quando ela tinha 8 anos de idade e nossa Avó Paterna (Adélia), não tive o prazer de conhecê-la.
Mesmo assim das histórias registradas, aquelas não assistidas, dão conta, orgulhosamente, das nossas origens e, a assistida por muitos anos Vó Adelina, substituiu os ausentes pela graça que sentia pela vida, próxima há um século, sempre agradecendo a generosidade pela sua existência.
Dia dos avós é o ícone de pessoa querida, nos transporta para momentos inesquecíveis vivenciados por tão ilustres seres amadurecidos de amor. Era linda enrugada, com voz aveludada, cheiro de alfazema.
Falar de vó e de vô é sentir saudade, sentir cheiro de infância, sentir vontade de voltar ao tempo, cada momento vivido, cada emoção. Tudo se curava com chá, com ervas, com remédio caseiro.
A diferença é que os avós de hoje são jovens, bonitos, antenados e internautas, lutam, buscam, materializam seus sonhos e comemoram conquistas. Os avós são mães e pais açucarados, com receitas inéditas de mimos, paparicos e proteções.
De qualquer forma, guardam no olhar e na pele as marcas de toda uma vida. Guardam em si uma infinidade de conhecimentos que nos transmitem, é com eles que aprendemos. Aprenderam a lidar com as "feridas" de uma forma admirável. Dão-se intensamente em cada dia... Devolver-lhes o amor é o mínimo que podemos fazer. Tanto para dizer que faltam as palavras...
Tenho saudade de sensações... Como a paz que se sente no colo dos avós, ou no abraço de mãe. A admiração e delicadeza no toque de uma criança. O frio na barriga que só se sente quando tem paixão envolvida.
A energia que revigora quando se tem os pés tocados pela primeira onda do mar. O vento que delicadamente toca o rosto e refresca alma, em um dia quente de verão.
Soma-se a tudo isso a sensação indescritível de ser Avô!