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04/03/2022
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AS HISTÓRIAS SE REPETEM...

Transcrevo uma das Colunas de autoria de nosso Pai, esta datada de 10.03.88, (pg.11), do Jornal Novo Tempo, também, para homenageá-lo em razão de sua espiritual viagem, 29 anos, dia 25.02.1993, a qual hoje estaria atualíssima:

“Volta rotina

Jamil Koff

É isso aí: após um e excelente período de férias, favorecido pela temperatura adequada a quem procura o litoral para desfrutá-las, dias ensolarados, “fios dentais” em abundância, etc., cá estamos de volta ao rotineiro dia-a-dia, não sem o dispêndio de enormes esforços para readquirir-se o ritmo da vida normal.

E a rotina continua. Inclusive os “cavalo-de-pau” e “pegas” de motoristas irresponsáveis, altas horas da madrugada, perturbando o repouso de quem tem o direito de desfrutá-lo.

Alguns leitores disseram-nos que as estripulias ocorrem em diversas ruas da nossa cidade, principalmente na Presidente Vargas, Rio Branco e Independência. Confesso que não sei o que acontece naquelas vias públicas, mas convivo com o problema na rua João Pessoa, onde moro: nas madrugadas de sexta para sábado e domingo, a vida dos moradores é infernizada pelas gritarias, “cavalos-de-pau”, “pegas”, e tantas outras estripulias que impedem o repouso a que todos temos direito. Repouso que precisamos. Repouso que não é luxo, mas uma necessidade.

Que impressão levam esses visitantes? 0 que vão dizer da nossa Garibaldi, que goza do prestígio de cidade acolhedora? Se nem sequer, após cansativas viagens e não menos cansativas visitas aos pontos turísticos, podem desfrutar de um repouso reparador?

Quem lê esta coluna, sabe que não poupo louvores a quem merece. Assim como não poupo críticas. Daí uma pergunta: existe policiamento noturno na nossa cidade? Se existe, é inoperante. Se não existe, é hora de implantá-lo. Nem que seja, precariamente, nos fins-de-semana. Se o cidadão tem o direito de utilizar-se das vias públicas, que o faça com respeito devido a quem tem o mesmo direito ao repouso.

Caxias? Calçadão. Farroupilha? Calçadão. Bento Gonçalves? Largas calçadas, amplos passeios. Veranópolis, idem. Nova Prata, calçadão. Carlos Barbosa? Calçadão. E assim em quase todas as cidades do Rio Grande. E nós, onde ficamos? E não se diga que o nosso operoso Prefeito se descuida do aspecto urbanístico da cidade. Ao contrário: é extremamente dedicado o que se comprova com inúmeras obras realizadas. Mas fica a pergunta: e o Calçadão? E onde? Sugerimos: numa primeira etapa na rua Júlio de Castilho, entre a Buarque de Macedo e a Dante Grossi, lado direito para quem desce a mencionada via pública. Posteriormente, ocupando-se metade da rua Buarque de Macedo, entre a Presidente Vargas e Júlio de Castilho, deixando-se pista para trânsito num único sentido. Tudo sem prejuízo para o fluxo normal do trânsito, já que disporiam os motoristas das várias opções”.


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Postado por:

Flavio Green Koff

Flavio Green Koff

Flávio Green Koff é Advogado, Pós-Graduação Lato Sensu em Gerente de Cidade – “City Manager”, pela Fundação Armando Álvares Penteado, concluída em novembro de 2002.

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