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As eleições
Estamos às vésperas de mais uma eleição. Base da democracia, a eleição traz em sua estrutura o voto como o instrumento mais justo para alcançarmos a sociedade que todos almejamos.
Como espíritas, verificamos a necessidade de pensarmos sob a ótica da Imortalidade, entendendo que a vida na sociedade terrestre não representa um fim, mas um meio para desenvolvermos faculdades e nos aprimorarmos moralmente. Dessa forma, nossa percepção e anseios devem estar voltados sempre para as conquistas do Espírito e não dos valores materiais.
Assim, a responsabilidade da escolha dos candidatos sintonizados com a mensagem de Jesus, cabe a cada cidadão, independentemente de seu credo religioso; pois todos estamos sujeitos à Lei do Progresso, e o progresso é o Bem Comum. Deolindo Amorim, ressalta em seu livro: “O Espiritismo e os Problemas Humanos” que “Se, na realidade, o cristão ficasse apenas na fé, rezando e contemplando o mundo à grande distância, sem participar do trabalho de transformação do homem e da sociedade, jamais a palavra do Cristo teria a influência ponderável. O verdadeiro cristão, o que tem o Evangelho dentro de si, e não apenas o que repete versículos e sentenças, não pode cruzar os braços dentro de um mundo arruinado e poluído pelos vícios, pela imoralidade e pelo egoísmo. Alterar essa estrutura social que fomenta o egoísmo em todos os grupos sociais é providência urgente.” Allan Kardec, na questão 932 de O Livro dos Espíritos, indaga aos Benfeitores da Humanidade: “Por que, neste mundo, a influência dos maus geralmente sobrepuja a dos bons? E os Espíritos Superiores respondem, taxativamente: “Por fraqueza dos bons. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, haverão de preponderar.” A Doutrina Espírita ensina-nos que, à medida que o homem for evoluindo intelectual e moralmente ao longo das vidas sucessivas, vai tendo sede de justiça, de paz, de harmonia, de fraternidade. No mundo de regeneração, que já mostra sua aurora, o mal não mais dominará e as leis dos homens irão se aproximando das leis divinas. Quando tal fato ocorrer, não mais os homens procurarão enganar outros homens, não mais o egoísmo será o paradigma dominante, mas sim a noção de justiça social e de fraternidade constituirão uma nova realidade sentida por cada ser humano. Na lógica espírita, a união da inteligência e da moralidade pode produzir formas de organizações e sistemas — políticos, econômicos e sociais — fundamentados nos princípios da fraternidade, amor e caridade, alargando, assim, o campo da solidariedade, que se assenta numa lei da natureza, que liga todos os seres do universo e a cujas consequências ninguém pode subtrair-se.
Assim, somos democraticamente convocados a comparecer às urnas e cumprir esse dever para com a Pátria. Que possamos, na execução do nosso direito, o sufrágio universal, ter em mente a destinação espiritual do Brasil, como o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho.