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A vida, suas dificuldades, a personalidade e o poder
Uma ínfima parte de nossos cidadãos, nascem em berço de ouro, considerada essa condição pelo lado financeiro.
Os demais, isto é: a grande massa populacional, luta pela vida e pela sobrevivência, o que é salutar. Também, a grande maioria, que alcança o sucesso profissional, não traz consigo rancores de sua trajetória. Pelo contrário: agrega as dificuldades ao sabor da vitória; outros, a minoria, não consegue livrar-se das mazelas e, ao alcançarem o poder, fazem dele instrumento de vingança, tornando-se maus profissionais e não melhores pessoas.
Não há quem não tenha passado por dificuldades e sofrido tropeços nessa passagem terrestre. Nem por isso, servem os obstáculos, para alimentar prepotência e arrogância, quando impregnados por falsos sentimentos autoritários.
Assim se forma o caráter e a personalidade das pessoas. Uns tem dificuldade de se engajar na sociedade, quiçá, por causa de suas frustrações, e vivem em clãs, arredios do convívio social. E, quando a isso são obrigados, tem comportamentos diferenciados. Se alicerçados no poder, normalmente destilam ódio incomensurável.
Esses são elementos perniciosos ao convívio humano, e não podem justificar seu comportamento pelas dificuldades financeiras sofridas, ou, teríamos, no mínimo, 150 milhões de brasileiros na mesma inclinação.
Alguns estudiosos creditam o mau caráter como herança genética, o que não está muito longe da verdade. O meio em que se vive, indubitavelmente, contribui para nossa educação, e, é ele fruto de nossa ascendência, a qual se mal resolvida ou perniciosa, transmite a má índole à prole. E esta, se permanecer vinculada, sem quebrar os paradigmas, torna-se igual, ou pior, do que os próprios pais e avós.
Ninguém pode culpar a pobreza, pelos rancores do despotismo, do absolutismo ou da tirania. Platão já dizia que “Uma personalidade nasce em contato com outras personalidades”.
Assim, pesquisadores encontraram indícios de que o crime é algo transmitido geneticamente comparando famílias de condenados. Segundo esses, está nas gêneses a explicação para o fato de que, entre a população carcerária, é mais comum encontrar pessoas com parentes também envolvidos no crime.
Pela teoria acima, há mais probabilidades de que filhos e netos de criminosos, assim o sejam.
Logo, o poder sem moral transforma-se em tirania, e a consequência reflete nos inocentes, que às vezes pagam até com a constrição da liberdade, para atender as angustias, maléficas necessidades de desrecalques, independentemente das injustiças e do abuso de poder.