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18/02/2022
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A Tragédia das Chuvas...

Após fortes chuvas que caíram em Petrópolis, na região Serrana do Rio, nessa terça-feira, dia 15, o que se observa é um cenário de destruição de casas e prédios e com várias mortes. Quando a morte atinge as nossas famílias, arrebatando entes queridos, costumamos dizer que Deus não é justo, pois leva os que são úteis, despedaça o coração de uma mãe, de um pai, de um filho, privando-os da presença amorosa. Para compreendermos que o bem, muitas vezes, está onde julgamos ver o mal e entender a sábia providência divina onde pensamos visualizar apenas a cega fatalidade do destino temos que lembrar que nada se faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser. Na Doutrina Espírita encontramos a explicação racional para tais situações. Em, “O Livro dos Espíritos”, Cap. VI, DA LEI DE DESTRUIÇÃO, no item FLAGELOS DESTRUIDORES, Allan Kardec pergunta, na questão 737: Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores? Obtendo como respostas dos Benfeitores espirituais: “Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.”

Em vez de nos queixarmos de Deus, procuremos entender quando apraz ao Pai retirar deste vale de lágrimas um de seus filhos. Seria muito egoísmo de nossa parte, desejar que ele aqui continuasse para sofrer conosco. O que pensaríamos se um prisioneiro, que cumpriu a sentença, fosse conservado no cárcere? A verdadeira liberdade, para o Espírito, consiste no rompimento dos laços que o prendem ao corpo e que, enquanto estivermos encarnados, estaremos em pleno cativeiro.

A revolta se compreende naquele que carece de fé e que vê na morte uma separação eterna. Nós, espíritas, sabemos que a alma é imortal e que os nossos entes queridos que partiram para a vida espiritual permanecem vivos e muito perto de nós e que nossos pensamentos alegres os envolvem, da mesma maneira que os seus pensamentos nos protegem.

Diante de mortes como a que ocorreram com as chuvas torrenciais em Petrópolis, passamos a lembrar como a vida é rápida. Fazemos reflexões sobre os valores reais da vida, sobre o patrimônio que levaremos daqui: as virtudes que desenvolvemos e os vícios que ainda não conseguimos erradicar. Compreendendo, assim, que tudo tem uma finalidade útil ao Espírito imortal, todos nós podemos auxiliar com nossas preces e orações aqueles que partiram e também suas famílias. OREMOS POR PETRÓPOLIS!


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Postado por:

Samira José Turconi

Samira José Turconi

Samira José Turconi é bioquímica, sócia-fundadora da Associação Médico-Espírita da Serra Gaúcha, do Centro Espírita Allan Kardec e expositora da Doutrina Espírita.

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