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A mediunidade e os conflitos existenciais
O exercício da mediunidade não é uma exclusividade do Espiritismo. As almas ou espíritos daqueles que viveram constituem o mundo invisível e no meio do qual vivemos: disso resulta de que desde que há homens há espíritos e que eles têm o poder de se manifestarem com os encarnados, como fizeram desde a mais remota antiguidade. Na diversidade das faculdades mediúnicas, sempre serão encontradas expressões novas e pessoais que se apresentam conforme o grau evolutivo de cada criatura, os seus valores morais e intelectuais, ao lado de sua existência corporal. Cada médium tem suas próprias características, embora na generalidade todos se apresentem com síndromes semelhantes. Mediunidade é uma faculdade natural, psíquica, de complexidade orgânico-espiritual, exclusiva do ser humano, que lhe permite perceber o mundo espiritual. A mediunidade não é sinal de santificação, nem representa características divinas. Sendo os médiuns mais responsáveis que as outras pessoas. A mediunidade é sempre uma percepção moralmente neutra, sendo os efeitos do seu exercício compatíveis com os valores éticos e morais daqueles que a detêm. Porém quando aplicada ao serviço do Bem pode converter-se em instrumento de luz para seu portador. A mediunidade é, antes de tudo uma oportunidade de servir, bênção de Deus, que faculta manter o contato com a vida espiritual. É graças a ela que o homem se conscientiza das suas responsabilidades de Espírito imortal. Allan Kardec, na posição de observador sábio, foi capaz de retirar do frívolo divertimento das mesas girantes e falantes, uma doutrina séria, profunda, que o colocou ao lado dos Benfeitores da Humanidade. Todos somos médiuns, pois todos estamos em constante contato com o mundo espiritual e dessa maneira sabemos que os Espíritos influenciam em nossos pensamentos e atos de maneira muito mais intensa do que podemos supor. No dizer dos Benfeitores da Humanidade, conforme a questão 459 de “O Livro dos Espíritos”, “muito frequentemente são os Espíritos que vos dirigem”. Certamente são eles que nos aconselham, que nos inspiram e nos orientam. Influenciamos e somos influenciados por pensamentos nascidos nas mentes alheias. Nossas emoções, pensamentos e atos são elementos dinâmicos de afinidade. Elaborando pensamentos, cada um de nós cria em torno de si um campo de vibrações impulsionado pela vontade, que estabelece uma onda mental própria, capaz de nos caracterizar individualmente. Os meios de comunicação, as redes sociais na sociedade de hoje são formadores culturais, já que determinam em grande parte nossas ideias, hábitos e costumes e fixam as maneiras de pensamento da sociedade. Estabelecem a agenda de assuntos políticos, sociais e econômicos que se discutem e podem criar ou destruir a reputação de uma organização, pessoa ou grupo de pessoas. Se somos influenciados e até dirigidos por mentes desencarnadas com as quais entramos em sintonia, precisamos escolher as boas companhias, os bons programas e as boas mídias sociais para evitarmos os conflitos existenciais propostos pelos espíritos inferiores que fomentam as divergências, a violência e até as guerras. Por isso, mais do que nunca, agora, nesses tempos de transição planetária, onde todas as nossas emoções estão “à flor da pele” se faz necessário cuidarmos dos nossos pensamentos e ações, como asseverou Jesus: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação”.