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A covid e a relação de trabalho
Cinco anos se passaram desde que a OMS declarou a maldita pandemia da qual ninguém acreditava nas proporções que alcançou. Até parece mentira.
A pandemia também aumentou as disparidades na participação de jovens e mulheres no mercado de trabalho — um dos maiores desafios restantes.
Mas, no geral, os especialistas observam que, embora ainda haja muito avanço a ser feito, os impactos da pandemia no mercado de trabalho tiveram uma recuperação relativamente rápida, considerando os níveis de crescimento econômico nos últimos cinco anos.
Mesmo assim, em 2025, a OIT alertou em seu último relatório que essa recuperação vem perdendo força, se olharmos para o cenário global, diante de ameaças como tensões geopolíticas, o aumento dos custos das mudanças climáticas e problemas de dívida não resolvidos.
O mercado de trabalho se recuperou rapidamente durante os primeiros meses após o fim dos lockdowns. Mas talvez a mudança mais evidente introduzida pela pandemia tenha sido o trabalho remoto e o trabalho híbrido em setores que antes só tinham contratos presenciais.
Muitos países avançaram em legislações sobre o trabalho remoto para, por exemplo, incluir maior flexibilidade em alguns setores.
Uma mudança significativa no mercado de trabalho também resultou dos aplicativos de entrega, que abriram novos postos de trabalho, mas continuam sendo um desafio em termos de precarização e proteção trabalhista.
A revolução tecnológica da pandemia também representa uma oportunidade de ouro para continuar a usá-la a favor da produtividade do mercado. Por exemplo, com a inteligência artificial, pode otimizar os processos e a eficiência de diferentes setores.
Por estas razões, indiscutivelmente, urge a necessidade de uma reforma trabalhista para se ajustar a nova realidade, cientes de que, a valorização do ser humano e seus cuidados será um tema determinante na nova relação de emprego.