É repudiável essa prática anônima dos covardes que não tem dignidade de mostrar a cara. Todos sabem quem são, mas escondem-se eles atrás do manto da vergonha, pois, desprovidos de coragem são incapazes de se identificarem não merecendo eles quaisquer credibilidades, pois, do anonimato só nascem ervas daninhas.

Esta espécie humana deveria ser banida do meio social, principalmente se tem condições, através de algum mecanismo eletrônico ou não, de formar opinião.

São eles os “pessimistas do próximo”, que torcem e vibram na mínima possibilidade de imaginar a desgraça alheia, espalhando, a todos os ventos, inverdades tantas que, às vezes, face à repetição, elas parecem ser verdades.

Os covardes, embora nasçam ricos, são sempre pobres, assim como os avarentos são sempre mendigos. Aqueles que dão prova de temeridade buscando o anonimato para dar azo as suas más intenções, são, depois, os mais charlatães e atrevidos nas palavras.

Por isso, há homens cujo comportamento é uma constante mentira, mas a alma não tem segredos que o comportamento não revele. Assim, o anonimato não é eterno. Eterna é covardia de ser anônimo.

Os covardes anônimos, por toda parte vivem, procedendo mal e falando bem, utilizando-se da dissimulação como uma arte de compor as palavras e as ações com o intuito de prejudicar, como se pudessem cobrir o caráter com uma camisa limpa.

A todo momento, sempre anonimamente, são lançadas, por esses agourentos, notícias inverídicas, que só servem para alimentar as mentes maléficas de seus criadores, os quais deveriam se preocupar em dar incentivo, torcer para que todos fortaleçam sua pujança, crescendo, quanto mais contribuindo, para a harmonia na convivência social.

Devem eles se corrigir e abandonar uma falsa modéstia, que é vaidade; uma falsa glória, que é leviandade; uma falsa grandeza, que é pequenez; uma falsa virtude, que é hipocrisia; uma falsa discrição, que é impostura, deixando de lado esses comportamentos anônimos, covardes e infrutíferos, porque: “nem todas as nuvens são tempestuosas”, (W. Shakespeare).