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01/12/2023
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A conquista da paz íntima

     A paz é um estado de espírito que todos almejamos conquistar; pois somente a paz íntima é que nos fará felizes. Essa conquista, porém, propõe uma mudança pessoal em nossa vida: necessitamos conquistar um estado consciencial de paz. E como realizar essa mudança? Compreendendo que a conquista da paz é uma construção interna, um exercício de desenvolvimento como qualquer arte que venhamos a aprender. Se quisermos aprender a viver em paz, devemos agir do mesmo modo como agiríamos para aprender qualquer outra arte; necessitamos de paciência e perseverança. No caso da arte para viver em paz, o processo de aprendizado inicia com o autodescobrimento tão necessário para compreendermos o que impede que atinjamos esse estado íntimo de paz. Necessitamos, fundamentalmente, entendermos de onde viemos, o que estamos aqui a fazer, para onde iremos e qual a nosso destino depois dessa encarnação. O autodescobrimento apresenta o primeiro passo como o despertar de si mesmo, como sendo um esforço para conscientizar-se do que é, do que necessita fazer e de como conseguir esse êxito. A seguir, nessa arte da conquista da paz íntima, apresenta-se o trabalho intenso de equilibrar-se diante da verdade encontrada para exercitar a disciplina da vontade, tendo paciência e serenidade para promover as ações libertadoras de que necessitamos. Somos, ainda, Espíritos em árduo processo de crescimento moral, trazendo no íntimo muito do caráter instintivo e dominador e por isso é tão necessário o exercício da vontade, essa potência da alma, que está ao nosso dispor e que aguarda para que venhamos a utilizá-la em benefício da construção da paz em nós mesmos. Lembremos da assertiva de Jesus: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra.” (Mt.:V,4). A conquista íntima da paz, perpassa pelos ensinamentos do apóstolo Paulo quando escreveu: “Miserável homem sou, que não faço o bem que desejo, mas o mal que não quero!” Se ele próprio, o abnegado servidor do Evangelho, que tudo deixou para seguir o Cristo e propagar a sua mensagem, sentia, no íntimo, essa contradição, quanto mais a sentirão os que, como nós, dois mil anos depois, ainda não aprendemos a soletrar a palavra básica do ensino evangélico, que por sinal se constitui de apenas duas sílabas: amor? A paz do mundo depende da paz de cada um. Se nos convertemos no “recanto vivo de paz” a que se refere Emmanuel (Diálogo dos Vivos, livro de Francisco Xavier), daremos ao mundo a paz de que ele necessita. Quando nos dedicamos ao bem asseguramos para nós próprios, uma vida espiritual liberada de sintonia com entidades inferiorizadas, mas plenas das bem-aventuranças proclamadas por Jesus. Sejamos focos de paz a espargir luz por onde passarmos. A Paz que queremos é uma arte a ser conquistada por cada um de nós!


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Postado por:

Samira José Turconi

Samira José Turconi

Samira José Turconi é bioquímica, sócia-fundadora da Associação Médico-Espírita da Serra Gaúcha, do Centro Espírita Allan Kardec e expositora da Doutrina Espírita.

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