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Violência
Inquestionavelmente: “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.” (Jean-Paul Sartre, filósofo e escritor francês).
De todas as formas, de todos os jeitos de todas as espécies, de todos os graus e circunstâncias, repúdio total a violência, embora, lamentavelmente, vivemos num mundo onde nos escondemos para fazer amor! Enquanto a violência é praticada em plena luz do dia.
Gabriela Anelli, 23 anos, torcedora do Palmeiras morta violentamente e covardemente, vem a ratificar todos os últimos atos de violência nos Estádios e seus arredores, o que desvirtua essência das torcidas e rivalidades no Brasil.
O ato de torcer, que deveria ser uma maneira de inserir o cidadão como membro atuante no esporte, tem perdido sua capacidade original, fazendo da modalidade uma válvula de hostilidade e intolerância.
Será um reflexo da sociedade em que vivemos; da impunidade aos corruptos, não mais valorizar a vida humana sem protestos pelos atingidos, CRIANÇAS, pelas balas perdidas, como se normal a convivência com o tráfico, agora, nas grandes cidades, ladrões, simplesmente, quebrando vidraças de automóveis, agredindo motoristas e passageiros, em lances relâmpagos apropriando-se de celulares!
Nesta visão, de um modo geral, nossa sociedade está perdida? Não. Está desorganizada; irresponsável. Quando se fala em responsabilidade social nós precisamos perguntar o que significa, porque as pessoas podem estar falando, por exemplo, de filantropia, caridade, solidariedade ou de uma ação voluntária de uma pessoa.
A responsabilidade social integra esses elementos, mas cada uma dessas expressões tem ideias e conceitos bem definidos.
A caridade permite que a pessoa faça uma doação e não retorne para saber se quem precisava melhorou com aquilo. Isso é uma possibilidade e não quer dizer que seja sempre assim.
Já a responsabilidade social integra todas essas dimensões, que são históricas e utilizadas em diferentes áreas. Conclui-se que, o avanço civilizatório não foi possível, porque parte da sociedade regrediu.
A violência, no entanto, nem sempre é concreta. Ela também se manifesta na atmosfera de ódio que cerca o futebol, por meio de ofensas, posturas desumanas, indiferença ao sofrimento alheio.
Escrevo esta coluna as 14:00 horas de quarta-feira, último prazo para enviá-la à redação e constato a preocupação com a violência do tempo anunciando um ciclone para final da tarde/noite. Espero sem maiores consequências. Paz.