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16/10/2024
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Safra 2024/2025: Rio Grande do Sul deve ter a maior produção de grãos da sua história, estima Conab

    O primeiro levantamento da safra de grãos 2024/2025, divulgado nesta terça-feira (15) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mostra que o Rio Grande do Sul poderá ter a maior safra de grãos da sua história, impulsionada pela recuperação da produtividade do arroz e da soja. Se confirmada a previsão, será a maior marca registrada para o estado na série histórica da Conab, iniciada no ciclo 1976/1977. A produção gaúcha está prevista em 38,35 milhões de toneladas, 3,3% a mais do que na safra anterior, quando foram colhidas 37,1 milhões de toneladas. Esse cenário coloca o estado na posição de terceiro maior produtor de grãos do país, atrás do Mato Grosso e do Paraná. Já a área destinada ao plantio está estimada em 10,48 milhões de hectares, uma elevação de 0,7%. 

    Um dos principais alimentos consumidos pelos brasileiros, o arroz deve ter aumento de 15,3% na produção gaúcha, chegando a 8,26 milhões de toneladas. A área está prevista em 988 mil hectares, uma elevação de 9,7%. O Rio Grande do Sul é responsável por cerca de 70% do arroz que é produzido no país, o que ajuda a impulsionar a safra nacional do cereal, que deverá ter alta de 13,8% e está estimada em 12,05 milhões de toneladas. 

    “Com esses números, a previsão é de que o Brasil volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história. Isso é resultado do trabalho dos nossos produtores, em parceria com o governo federal, que voltou a elaborar políticas públicas para todo o campo agrícola brasileiro, contemplando pequenos, médios e grandes agricultores. Somente por meio dos planos safra, são R$ 593 bilhões em investimentos no setor”, reforça o presidente da Conab, Edegar Pretto.

    O período de semeadura de arroz teve início no estado e atinge 16% do previsto, com mais de 150 mil hectares semeados. A expectativa é de aumento da área cultivada em todas as regiões produtoras, com destaque para as regiões Sul e Fronteira Oeste. Entre os motivos estão a boa rentabilidade da cultura, o bom volume de água nas barragens e nos rios das regiões produtoras e a possibilidade de realizar o preparo antecipado das áreas, permitindo a obtenção de boas produtividades.

Outros números da safra gaúcha

    Segundo a Conab, o Rio Grande do Sul é o terceiro estado que mais produz soja no país – o primeiro é o Mato Grosso e o segundo é o Paraná. A estatal prevê a produção de 20,34 milhões de toneladas da oleaginosa, um aumento de 3,5% em relação à safra passada. A principal cultura do estado deve apresentar, ainda, um incremento de 1,1% na área cultivada, chegando a 6,84 milhões de hectares.

    O estado gaúcho também é o que mais produz milho na primeira safra. A produção total do grão, neste ciclo, deve chegar a 4,3 milhões de toneladas, uma baixa de 11,4% em comparação com o ciclo anterior. A área estimada para a cultura está em 719,6 mil hectares, uma redução de 11,7%. 

    Para o feijão, a Conab projeta alta de 6% na produção e de 1,9% na área, passando, respectivamente, para 76 mil toneladas e 49,4 mil hectares. Conforme a estatal, a área cultivada com feijão cores, na primeira safra, tem apresentado uma tendência de aumento nas safras recentes do estado. 

    No que diz respeito ao trigo, que é a principal cultura de inverno, a Conab ainda acompanha a safra 2024, que teve a colheita iniciada recentemente, e tem previsão de recuperação na produção em relação ao ciclo passado. Os agricultores gaúchos, que são os maiores produtores do cereal no país, devem colher 4,19 milhões de toneladas. Já a área plantada deve somar 1,34 milhão de hectares. 

Produção nacional de grãos

    A primeira estimativa da Conab aponta para uma produção nacional de 322,47 milhões de toneladas de grãos. O volume representa um crescimento de 8,3% ao obtido em 2023/2024, ou seja, 24,62 milhões de toneladas a serem colhidas a mais que no ciclo anterior, estabelecendo um novo recorde na série histórica caso o resultado se confirme ao final do ano agrícola. Para a área, estima-se crescimento de 1,9% sobre a safra anterior, passando para 81,34 milhões de hectares.

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