Há pessoas que julgam ter encontrado o sentido da vida na conquista dos valores transitórios da existência física. Porém, mais cedo ou mais tarde vão percebendo que esses valores (dinheiro, poder, saúde, fama, prestígio) não guardam a importância que julgavam. E como não temos controle sobre esses valores, cedo ou tarde sofremos a perda deles, por várias maneiras. A felicidade é uma descoberta diária. Os caminhos que nos conduzem a ela fazem parte de um método gradual de crescimento íntimo. Ser feliz não é uma questão de eventos, de estarmos sozinhos ou acompanhados, mas sim de uma atitude comportamental frente aos acontecimentos da nossa existência. As doenças existenciais surgem quando vivemos uma vida sem sentido. Doenças diversas do corpo e da mente são vistas, hoje, por muitos médicos e psicólogos espiritualistas, como doenças existenciais, causadas por um distanciamento do Ser Humano do verdadeiro sentido da vida. Muitas vezes, passamos existências inteiras sem levar em consideração o real sentido da vida, buscando, nas paixões terrenas, a felicidade que tanto almejamos. Assim o vazio interior permeia a vida e diante desse vazio existencial, a vida fica vazia; a pessoa não se realiza; não se sente feliz. Ocorrem distúrbios psicológicos e comportamentais. O Brasil é o país campeão mundial do transtorno de ansiedade e o quinto em número de pessoas com depressão. Casos de estresse, ansiedade e depressão aumentaram em 30% após a pandemia sanitária de 2020. Assim, verificamos que há necessidade de buscarmos o real sentido para nossas vidas. Dr. Viktor Frankl, psiquiatra e neurologista austríaco, analisou os pacientes tratados que estavam sofrendo com os eventos da Primeira Guerra Mundial. Um pouco mais tarde, o Dr. Frankl começou a fazer as mesmas perguntas que seus pacientes faziam, quando ele e sua família foram enviados para um campo de concentração em Auschwitz. Ele foi forçado a fechar sua clínica e experimentar os métodos de tratamento mais desumanos e degradantes. Libertado após 3 anos dos campos de concentração, ele expressou que encontrou o significado da sua vida: ajudar os outros a encontrarem o significado da vida deles. Ele escreve então seu primeiro livro, “O homem em busca de um sentido”, e estabelece a Logoterapia baseando-se no fundamento de que o nosso principal objetivo na vida é encontrar o nosso sentido e que isso é a força mais poderosa em seres humanos. Para isso o autoconhecimento é o caminho, como propõe a Doutrina Espírita. Encontre o seu propósito de vida! Escute a sua alma! Não se distraia com as coisas materiais! Aproveite esse período para olhar para todas as áreas em sua vida para encontrar aquilo que dá a paixão necessária para que você levante todos os dias da cama e vá atrás do que realmente quer para si! Mantenha a atenção plena no aqui e agora! Seja otimista! As emoções positivas são uma espécie de combustível, que além de nos fazerem olhar para a vida por novos ângulos, nos fazem sorrir e liberar boas energias onde quer que estejamos. Desta maneira poderemos entender a mensagem de Jesus: “Buscai primeiramente o reino de Deus e a sua Justiça, que todas essas coisas vos serão dadas de acréscimo. Assim, pois, não vos ponhais inquietos pelo dia de amanhã, porquanto o amanhã cuidará de si. A cada dia basta o seu mal.” (Mateus, VI)