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O homem de Nazaré
Era uma vez... Filho de um pequeno carpinteiro, na quase desconhecida Nazaré, tornara-se a personalidade do dia. Ele multiplicou o pão, fez cessar uma tempestade, transformou a água em vinho, curou leprosos, enfrentou as autoridades religiosas e, num famoso sermão declarou bem-aventurados os pobres, os famintos, os injustiçados, os defensores da paz, os de coração puro... Não tinha muito apreço ao templo e suas tradições, preferia pregar pelos caminhos e não recusava convites para jantas e almoços em casas de pessoas consideradas pecadoras.
Aos poucos seus inimigos se organizaram. Ele foi preso, abandonado pelos seus, julgado e condenado à morte. Foi obrigado a carregar sua cruz. No fim da tarde de uma sexta-feira jamais esquecida, foi crucificado numa elevação denominada Calvário. Morreu dando aos inimigos o perdão. Para sua desmoralização completa foi crucificado no meio de dois conhecidos ladrões. Um pequeno grupo de amigos, entre eles sua mãe, ficou em dolorosa vigília até o fim.
Mais uma vez foi sufocada a esperança dos pobres e excluídos. Mais uma vez a força terrível do Mal havia vencido. Na grande e dolorosa vigília, a mãe de todas as noites, os discípulos tentaram reler o fato, inutilmente, e descobrir algum sentido. Para quem ama nada parecer impossível. Era possível esperar contra toda a esperança. Quando surgiram os primeiros sinais da aurora, tomaram o caminho, na direção da grande pedra onde Ele fora sepultado.
O incrível aconteceu. Num fato único da humanidade o homem de Nazaré havia ressuscitado. A última palavra não fora da morte, mas da Vida. O túmulo estava aberto e o próprio Jesus confirma a Boa Nova. Desta manhã, única na História, ficaram duas frases definitivas. Maria de Magdala vai anunciar a quem quiser ouvir: eu vi o Senhor. Não o Senhor morto, mas o Ressuscitado. A segunda frase é do Ressuscitado. “Ide à Galileia, lá me vereis.” Ele convida aos seus a caminhar para o futuro. Para o Futuro definitivo
Dois mil anos depois, como Maria, o Povo de Deus proclama: eu vi o Senhor. Não vimos na TV, não lemos nos jornais, ninguém nos contou. Nós mesmos vimos o Senhor. É a certeza absoluta de nossa Fé. Esta certeza nos leva à profecia: nós também somos um povo de ressuscitados.