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09/06/2023
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Novamente o aborto...

    Rosa Weber, ministra do Supremo Tribunal Federal, relatora do processo que o PSOL pede para que seja descriminalizado o aborto provocado até os três meses de gestação, colocará para discussão em audiência pública, no Supremo, posicionamentos de entidades civis e religiosas contra e a favor deste ato. Desde o código penal do Império, de 1830, o abortamento provocado é considerado crime no Brasil; tanto a mulher que faz aborto quanto quem a apoia pode pegar até quatro anos de cadeia. De acordo com o Código Penal Brasileiro, o aborto é considerado legal somente em três casos: estupro, risco de morte da mulher e bebês com anencefalia, isto é, quando o feto tem somente parte do cérebro. Com exceção da gestação que coloque em risco a vida da gestante, para os preceitos espíritas, quaisquer outras justificativas são inadmissíveis para uma mulher decidir pelo aborto. Se compreendesse as implicações terríveis que estão reservadas para ela, certamente refletiria milhões vezes antes de matar um ser indefeso do próprio ventre. Chico Xavier ressalta: “os pais que cooperam nos delitos do aborto, tanto quanto os ginecologistas que o favorecem, virão a sofrer os resultados da crueldade que praticam.”

    A pesquisa IBOPE, de fevereiro de 2018 sobre números do aborto, merece também sérias reflexões. A maioria da população brasileira, 80%, são contra a descriminalização do aborto e o percentual não chega a 15% dos que são a favor. (Ibope Inteligência – Opinião Pública – JOB0104/2018).

    Há aqueles que justificam que o aborto é um ato médico. Será? Um ato médico é todo aquele que está sob o juramento de Hipócrates, que diz:“(...) A ninguém darei, por comprazer, nem remédio, nem conselho que induza à perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva. (...)” O âmago do problema consiste no aborto em si, sendo falsa a diferença entre aborto clandestino “arriscado” e aborto legal “sadio”, pois nenhum aborto é saudável, nem ética, nem social, nem psicologicamente e muito menos espiritualmente. Como se pode defender a vida da mulher e, portanto, a prática do aborto em clínicas legalizadas se para isso se condena à morte um bebê indefeso dentro do útero materno? Qual vida vale mais? As duas vidas têm importância! Se não for praticado o aborto, nem mãe e nem filho correm risco de morrer.

    Se o aborto é o problema, o aborto não pode ser a solução. Por que dizer não ao aborto? Porque a Ciência comprova que a vida humana inicia numa única célula: ovo ou zigoto; porque nem a mãe, nem o pai, nem o médico, nem o juiz, ninguém é dono da vida do feto, somente ele mesmo; porque o aborto é uma morte violenta; porque o aborto é uma violação do direito básico da vida: o direito de VIVER, porque o aborto é um homicídio deliberado; porque matar um ser humano é crime, não importa de que tamanho seja este ser humano. Se os tribunais do mundo condenam, em sua maioria, a prática do aborto, as Leis Divinas, por seu turno, atuam inexoravelmente sobre os que alucinadamente o provocam.

    A defesa da vida humana é uma lição consagrada pelos cristãos e adotada pela Doutrina Espírita, doutrina cristã codificada por Allan Kardec. Sim, continuemos a nossa luta dirigindo agora os nossos esforços para que não haja a legalização do aborto em nosso país. Dr. Fernando Magalhães, ilustre jurista brasileiro nos esclarece: “O embrião é um sujeito de Direito e, pelo Código Civil, todo sujeito de Direito é uma pessoa, é um indivíduo, é alguém. E pelo Código Penal, matar alguém é crime.” Assim podemos entender que qualquer atentado contra a vida de alguém é crime contra as leis dos homens e contra as Leis de Deus. “Se aceitamos que uma mãe mate seu próprio filho, como poderemos dizer aos outros para não se matarem?” nos lembra Madre Teresa de Calcutá.

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Postado por:

Samira José Turconi

Samira José Turconi

Samira José Turconi é bioquímica, sócia-fundadora da Associação Médico-Espírita da Serra Gaúcha, do Centro Espírita Allan Kardec e expositora da Doutrina Espírita.

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