Um dos assuntos mais comentados ultimamente é o assistente virtual inteligente com inteligência artificial, o ChatGPT (Chat Generative Pre-trained Transformer), um modelo de linguagem natural desenvolvido pela OpenAI, empresa fundada por Elon Musk. De forma resumida, o ChatGPT pode ser definido como um modelo de linguagem avançado, capaz de responder a uma grande variedade de perguntas. Em 30 de novembro de 2022, o ChatGPT foi disponibilizado ao público e logo foi possível perceber que ele representava um avanço tecnológico que poderia revolucionar o modo como as pessoas interagem com a inteligência artificial. Segundo o próprio chat respondeu, “a inteligência artificial (IA) é um campo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de algoritmos e sistemas que podem executar tarefas que normalmente exigem inteligência humana, como reconhecimento de fala, visão computacional, tomada de decisão, aprendizado e resolução de problemas”. Na prática, o ChatGPT funciona em um site gratuito ou pago, organizado em formato de chat. Há um campo para o usuário escrever sua pergunta e um botão para enviá-la. O chat responde em poucos segundos. A empresa responsável pelo seu desenvolvimento, utilizou uma grande variedade de fontes para compilar esse conjunto de dados, incluindo textos da internet, livros, artigos acadêmicos, conversas em fóruns e bate-papo, entre outros. Os desenvolvedores desse sistema de inteligência artificial deixam claro que ele ainda está sendo desenvolvido e que pode apresentar falhas. É necessário conversar com as crianças e adolescentes sobre o que é uma inteligência artificial, explicar que, por mais que as respostas pareçam naturais, não é um humano respondendo e que o chat não sabe tudo – ele coleta as informações de outras fontes. Sabemos que, se bem usada, essa tecnologia pode ser mais um recurso tecnológico para apoiar os educadores, porém nunca poderá substituir o trabalho abençoado dos pais na construção dos valores morais para o espírito imortal na fase da infância e adolescência física. O ChatGPT jamais poderá substituir o educador na hora de pensar sobre a educação de seus filhos. Não podemos terceirizar a educação moral das nossas crianças. E, quando se fala em educação, diferentemente de instrução, temos que entender bem. Allan Kardec, na sua obra “O Livro dos Espíritos”, em comentário da resposta à questão 685, nos esclarece sobre o assunto. Diz o codificador: “(...) é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. (...)” “Educar” em latim significa conduzir e em grego, dirigir. Portanto, quem se propõe a educar, propõe-se, portanto, a orientar, a dirigir, a conduzir alguém. Através da aplicação dos princípios espíritas cristãos na educação do ser integral é que conseguiremos ajudar na formação de indivíduos mais capacitados e estruturados psicologicamente para a realização de suas tarefas evolutivas nesta etapa reencarnatória. É através da educação moral do Cristo, transmitida pelo Espiritismo às crianças, que iremos atuar diretamente sobre toda a sociedade em que vivemos, transformando-a em uma sociedade mais justa e mais fraterna, porque será composta por homens de bem. Sem a educação do Espírito, que lhe faz compreender o real sentido da Vida, o reencarnante, acabará, na maioria das vezes, com uma reencarnação ineficiente e infeliz. Transmitindo à criança as orientações de Jesus, formaremos os alicerces evangélicos da fraternidade cristã, com a aplicação do seu mandamento “não façais aos outros aquilo que não quereis que vos façam”.