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Garibaldi prioriza alimentação escolar saudável e de qualidade
Cardápios das escolas municipais são propostos por nutricionista e mais de 50% dos alimentos são oriundos da agricultura familiar local e regional
Uma alimentação escolar de qualidade nutricional e sanitária é essencial para o desenvolvimento integral, com mais saúde e condições de aprendizagem dos alunos. Nas escolas municipais de Garibaldi, os cardápios são elaborados por nutricionista e a maior parte dos alimentos, são oriundos da agricultura familiar.
Além disso, desde 2020, com a Resolução nº 06 do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), as escolas de Educação Infantil do município não utilizam nenhum tipo de alimentos ultraprocessados, tampouco empregam açúcares, doces e frituras no preparo das refeições. A regra é “descascar mais e desembalar menos”.
Os cardápios propostos por profissional Nutricionista e de acordo com as Normativas do PNAE são preparados por cerca de 35 profissionais (cozinheiros) que atuam nas escolas municipais de Educação Infantil, Ensino Fundamental, e APAE, atendendo cerca de 3.000 alunos.
Ademais, em Garibaldi diversas crianças frequentam as escolas de educação infantil no período integral (manhã e tarde) e, por isso, fazem as principais refeições do dia na escola. Janete explica que, em função disso, a gestão municipal tem a obrigação de fornecer a essas crianças 70% das necessidades alimentares (energéticas) diárias.
De acordo com a secretária de Educação, Beatriz Arregui Sopelsa, o bom desempenho escolar das crianças passa por uma alimentação saudável. “Além das refeições que são realizadas em casa, a oferta de uma alimentação escolar de qualidade também contribui muito para o rendimento dentro de sala de aula e para o desenvolvimento integral e saúde das crianças”, aponta.
Anualmente o Setor de Nutrição da Secretaria Municipal de Educação realiza o Diagnóstico e acompanhamento do estado nutricional dos estudantes das escolas públicas de educação infantil de Garibaldi.
Nesse ano, das 465 crianças avaliadas, 94,4% encontram-se em Eutrofia (439 crianças apresentando peso e estatura adequados para a idade); 4,1% apresentavam sobrepeso (19 crianças); 0,9% apresentavam obesidade (4 crianças) e 0,6% abaixo do peso adequado (3 crianças).
Os índices apresentaram uma melhora se comparado ao ano passado (2022), quando 91,4% das crianças avaliadas estavam em eutrofia, enquanto 8% do total apresentou excesso de peso/obesidade, e 0,6% abaixo do peso adequado. Os indicativos nacionais apontam que cerca de 15% das crianças nessa mesma faixa de idade encontram-se com sobrepeso ou obesidade. “Hoje, com o trabalho que estamos desenvolvendo, ofertando uma alimentação escolar adequada, realizando acompanhamento nutricional das crianças, educação alimentar e nutricional e com o apoio e parceria das famílias, temos a convicção de estarmos no caminho certo em busca da qualidade de vida e saúde de nossos escolares, ressalta Janete Weber.
Como funciona o acompanhamento Nutricional dos educandos
Nas EMEIS o processo tem início com a avaliação de cada criança para aferir peso e estatura, identificando as que estão em desajuste nutricional (baixo peso, sobrepeso e obesidade), com atenção e acompanhamento especial para o caso, assim como para as necessidades alimentares especiais individualizadas. Também são analisadas as refeições oferecidas pelas escolas, verificando e corrigindo possíveis dificuldades enfrentadas pelas crianças no momento da alimentação.
Ferramentas lúdicas envolvendo estratégias para aproximar as crianças da alimentação saudável são recursos utilizados nela nutricionista infantil. A profissional cita a importância do “brincar estratégico” para as crianças, ou seja, educar para a alimentação saudável, através de jogos, contação de histórias, cantigas, oficinas, atividades didáticas, momentos de culinária, brincadeiras de roda, dentre outros recursos. Esse tipo de abordagem também é significativo para minimizar quadros de seletividade alimentar dos pequenos.
As crianças passam, ainda, por testes de aceitabilidade das refeições, realizados de forma lúdica. Com um pote cheio de bolinhas, elas são posicionadas na frente de dois baldes vazios – um com uma figura representando “gostei” e outro com o “não gostei” – e são convidadas a avaliar os alimentos de acordo com o sentimento despertado.C