A última guerra ocorrida na América Latina foi promovida, também, pelo último ditador da Argentina.

    O conflito foi iniciado pela ordem do ex-ditador argentino Leopoldo Galtieri (1926-2003). Ele ordenou a ocupação das ilhas, que estavam em posse da Grã-Bretanha desde 1833.

      A Guerra das Malvinas (Falklands War ou Guerra de las Malvinas) foi um conflito que ocorreu em 1982 entre a Grã-Bretanha e Argentina e dizimou uma geração inteira de jovens que não voltaram das lutas.

     Caro maduro: a prática é velha e assassina. Há exemplos na história mundial que ditadores quando estavam prestes a perder o poder provocavam guerras para mantê-los no cargo.

    Agora faltava essa. As tensões pela possibilidade de um conflito na América do Sul cresceram após a Venezuela aprovar, em referendo no domingo (3), a proposta de seu governo para criar um novo estado em Essequibo, a região que engloba 70% do território da Guiana e é disputado pelos dois países.

    Não é à toa que a presença de militares brasileiros nas duas fronteiras com a Venezuela e com a Guiana foi, inclusive, ampliada, com veículos blindados.

    Para que haja um eventual confronto por terra, seria preciso, necessariamente, que tropas venezuelanas passassem pelo norte de Roraima, que faz fronteira tanto com a Guiana quanto com a Venezuela.

    Espero que o Brasil não apoie o País de Maduro e permita que seus exércitos atravessem nossas fronteiras para chegar a Guiana, parte dela, pretendida.

    Por si só, o fato de o Brasil estar no caminho já dificulta uma eventual invasão por terra, dada a neutralidade brasileira na disputa e a improbabilidade de Maduro comprar briga com o presidente Lula a respeito do assunto. Mas, não duvido. Esta é a preocupação.

    Enfim, existe o risco de um confronto. Embora o referendo possa ter sido um elemento eleitoral, a imprevisibilidade de um governante de um líder com o Maduro é um fator importante. Ele é pouco transparente também - não há até agora uma divulgação muito clara do que ele pretende fazer com o resultado do referendo. Mas para manter-se no poder não duvido de nada. Faltava essa.