Sonhei e, peço desculpa aos conhecedores, mas estou, tão somente, exercitando minha memória, sem buscar e nem pesquisar dados que pudessem esclarecer com mais propriedade os fatos. Mas os escritos aqui, retornam à época, sem ter a intenção de um estudo da origem e tradição da obra.

Mas não se afasta do mês de julho do ano de 1999, numa noite fria, muito fria, acho de sexta-feira, pois a inauguração iria acontecer no sábado ou domingo, quando o Engenheiro do empreendimento, de nacionalidade italiana, tendo seus restos mortais depositados no nosso Cemitério Municipal, foi inaugurar o Tobogã.

Estávamos presentes assistindo. Era Ele o escorregador de ondulações, muito íngreme, fabricado em madeira, sendo ela devidamente encerada, recebeu para a primeira e única descida o Arquiteto Italiano, quem utilizou-se de um saco de linhagem, sobre ele uma madeira, espécie de esqui e nesse equipamento montado, desceu por uma das raias do Tobogã e, simplesmente, voou, a perder a vida no choque com uma pedra lá existente, cancelando-se, evidentemente, a festa inaugural programada. Depois, foi inaugurado no dia 31 de outubro de 1970, aniversário do Município.

Lá se vão quase 53 anos do acidente trágico e, agradecendo minha memória, lembro do evento quase com detalhes: tudo pronto, tudo transferido.

Tornou-se a Estação, a Bandeira do Município de Garibaldi. Não havia no País quem desconhecia a Pista de Esqui. Se não estiveram presentes, sabiam que aqui na Serra Gaúcha existia um empreendimento diferenciado de todos os outros que pudessem atrair turismo.

O Sr. Santini, a todos esforços mantinha viva a atividade, senão com o mesmo vigor dos anos 70, mas em funcionamento o teleférico, tobogã (outro), além das outras atrações com centenas de turistas aos fins de semana, até que foi, praticamente, impedido.

Era nosso maior patrimônio cultural e turístico. Saudades. Bons sonhos.