A dignidade humana é um princípio ético e jurídico que reconhece o valor intrínseco de cada ser humano. É um conceito filosófico e abstrato que determina o valor inerente da moralidade, espiritualidade e honra de todo o ser humano, independente da sua condição perante a circunstância dada.

    A dignidade humana engloba diversas dimensões, como o respeito à integridade física e moral, a liberdade de expressão, a igualdade de oportunidades, o acesso a direitos básicos, entre outros. Ela orienta a proteção dos direitos humanos e busca uma sociedade justa e inclusiva, independentemente de características pessoais. É inerente à personalidade humana e, portanto, embora possa ser violada e ofendida pela ação do Estado ou de particulares, jamais será perdida pelo seu titular.

    A Administração Pública tem a responsabilidade, eleita pelo voto popular, de zelar pela dignidade humana, a fim de manter a sociedade o mais justa e equilibrada possível. Quando isso é quebrado, vemos vandalismo, pessoas dormindo na rua, assaltos, entre outras mazelas.

    Essa realidade está ao nosso lado, em nosso convívio, passamos por pessoas nesse estado todos os dias. Por vezes fechamos nossos olhos para fingir não ver e assim reduzir o choque que é ver uma pessoa em estado selvagem. São humanos iguais a gente, porém com uma situação de vulnerabilidade muito maior. Tudo está interligado neste planeta, o mundo é uma roda e todos dependem de todos. Quando ocorre o desequilíbrio, todos padecem, mesmo achando que não, em algum momento o desequilíbrio irá afetar você ou alguém de sua família. Não existe o “fora” neste planeta, não existe o “eu não tenho nada com isso”, pelo contrário, esses problemas são de todos e todos tem responsabilidade, mas a Administração Pública tem mais, pois está lá para zelar pelas pessoas.