Essa proposta são convites ao trabalho e à perseverança, à fé e à coragem de que todos necessitamos, na jornada redentora que empreendemos. Precisamos refletir sobre as realidades da vida, nestes tempos desafiadores que estamos vivenciando. Confiar é ter fé, servir é trabalhar, desinteressadamente, em prol do irmão de caminhada e ambas as atitudes constituem a força para o êxito de seguirmos em frente na inadiável tarefa da renovação íntima, a fim de que possamos, a partir de nós mesmos, edificar o Reino de Deus sobre a Terra. Na visão do mundo servir é uma função de menor valor, que não atrai olhares, que não eleva o nome, nem melhora o currículo de ninguém. Porém, está comprovado que, praticar boas ações trazem diversos benefícios para a saúde física, assim como para a saúde mental. Estudos científicos demonstram que a prática das boas ações torna as pessoas mais calmas, menos esgotadas, menos estressadas determinando uma saúde mental melhor. Fazer o bem desenvolve sensação de prazer e recompensa com liberação de neurotransmissores como a dopamina. Dentre os outros benefícios que a caridade desinteressada carrega, também estão: o aumento da autoestima e da sensação de satisfação; a prática e desenvolvimento da empatia e compaixão; a melhora das competências de trabalho em equipe; o aumento e diversificação da socialização; o aperfeiçoamento e aprendizado de novas e velhas habilidades e a expansão da rede de contatos e das experiências. Os indivíduos que servem, concluem as tarefas, cumprem as responsabilidades, mantêm as promessas e honram os compromissos, transformando-se em pessoas melhores. Confiar é a outra metade dessa força para seguirmos em frente. Confiar é ter fé. A fé é um dom, que ajuda as pessoas a passarem pelos momentos difíceis e pelas circunstâncias penosas, que sempre ocorrem na vida. Muitas vezes as decisões são encorajadas pelo fato de se ter fé, esperança e acreditar em algo, fazendo assim, com que se tenha motivação para perseverar no bem. A fé é um sentimento de total confiança em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade da proposição em causa. Dr. Harold Koenig, diretor do Centro para o Estudo da Religião, Espiritualidade e Saúde da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, EUA, um dos médicos pioneiros no estudo científico da espiritualidade afirma que “A fé é um fenômeno que libera defesas naturais do organismo, prepara o corpo e a alma a lidarem melhor com a dor e os percalços do tratamento. Seja qual for a forma de manifestação dessa confiança absoluta, ela impede a pessoa de se entregar ao problema, motivando a busca da cura.” Allan Kardec, o mestre de Lyon, também inseriu em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, que “A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender. (...) A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu.” Restaurando o Evangelho, o Espiritismo aplicado em nossas vidas é o sol que nos ilumina, desfazendo as sombras do medo, da ansiedade, da angústia, da incerteza e da insegurança que, há séculos, pairam sobre o nosso entendimento, mas que se intensificaram em nossos dias. Façamos da oração o nosso pão espiritual, cujo fermento divino é a fé que raciocina e assim poderemos seguir em frente confiando e servindo.